Era engraçado como todos aqueles sentimentos se confundiam, como enchia o peito, até mesmo sufocava, não de uma forma agonizante, mas da forma necessária para escorrer em lágrimas todas aquelas ondas de calor causadas pelo medo, ansiedade e desejo.
Quantos sentimentos podiam caber em um único peito?
Pela primeira e real vez entendia que estava apaixonada.
Sinceramente.
Honestamente.
Profundamente.
Precisava respirar fundo para entender o desespero de estar entrando em uma estrada sem volta.
Conhecia os riscos.
Tão estranho a aquele coração escondido que sentia como se fosse a primeira vez.
Assustador como tudo isso tomava conta daquele pequeno peito, apertava.
Lembrava das loucuras que fez outrora e agora se dava conta da dimensão de todas suas atitudes.
O coração batia num ritmo acelerado. Assim como a primeira vez.
Era a primeira vez.
Pensava que tinha perdido o jeito para tal coisa, quanto mais pensava mais perdida ficava.
Sentimento é reciprocidade.
E se não for?
E agora?
Será?
Já era.