É como se eu tivesse um filho chamado "mágoa" dentro de mim, socando meu estômago, apertando meu peito, me deixando sem ar
E mesmo eu colocando minha cabeça pra fora da cama, tentando e tentando eu não consigo vomitar
Eu só queria conseguir matar, dissolver, expelir, talvez até reciclar
Essa criança que não me pertence, mas insiste de mim judiar
Não quero que a alimentem, mas insistem em alimentar
A mágoa que levo no peito, no estômago, a criança a empurrar
Todas as coisas de ruim que me entregam mesmo sem eu aceitar
Só queria nesse momento conseguir abortar