terça-feira, 7 de agosto de 2012

Eu já estava a esperando há algum tempo, sentada no sofá, com duas taças, a minha cheia e a dela vazia. Estava vestindo o vestido que ela mais gostava em mim, dizia que ele por ser preto contrastava com minha pele branca, porém tatuada e combinava com meus cabelos longos e pretos.
Aquela espera me consumia, estava com saudades daqueles lábios vermelhos entrelaçados nos meus lábios pálidos, saudades daquele cabelo vermelho que eu adorava acariciar.
O ponteiro descia e nada dela, quando eu já estava desistindo, alguém bateu a minha porta, corri para abrir, era ela, linda, radiante.
-Oi. -eu disse meio sem jeito.
-Olá, desculpa a demora, eu não sabia se devia vir ou não.
-Eu entendo. Entre, por favor.
Ela fez que sim com a cabeça e entrou, sentou-se no sofá, colocou vinho na sua taça e tomou logo tudo que colocou de uma vez.
Eu me sentei ao seu lado e tomei um gole.
-Tudo bem com você?
-Sabe, você me deixa bem confusa, eu não sei explicar muito bem o efeito que você causa em mim e confesso que não foi fácil esse tempo que fiquei longe de você.- Ela me confessava aquilo e eu não conseguia tirar os olhos de sua boca carnuda que clamava por a minha, eu estava com saudades de tudo aquilo.
-Não foi fácil pra mim, acredite. Eu estava com muito saudades de você. Mas qual a sua decisão?
Ela segurou na minha mão, olhou nos meus olhos, sorriu e disse:
-Por que você escolheu vinho? Você sabe que eu amo vodka. - terminou com um risinho, eu estava aliviada, ela estava de volta, era minha.
-Ai! Sua idiota. Você tem que aprender a gostar de tudo, eu estou fazendo um favor a você acostumando a beber de tudo.
-Sei. Você quer que eu vire uma alcoólatra de vez, bebendo de tudo assim.
-Claro que não.
-Vou lá pegar a vodka.
-Tudo bem.
Ela se levantou e foi até a cozinha pegar a sua bebida preferida. Eu decidi ir atrás dela. Quando eu cheguei, ela estava tomando na boca da garrafa.
-Que absurdo! Pegue um copo, tenha modos. - Eu sorri brincando com ela.
-Eu esqueci meus modos antes de vir para cá.- Ela abaixou de lado um pouco o seu short e me mostrou que estava sem calcinha. Eu sorri, um sorriso safado, mordi meu lábio, desejando cada curva perfeita daquele corpo.
Ela tomou mais um gole, colocou a garrafa em cima da bancada, me puxou e me beijou, um beijo caloroso, esquentando todo o meu corpo. Começamos então um amasso muito bom, tentávamos matar aquela saudade acumulada. Minhas mãos no corpo dela, suas mãos no meu corpo, quando menos esperei já não tínhamos nenhuma peça de roupa. Eu me sentei em cima da mesa e a boca dela consumia meu corpo, aquela língua quente com gosto de vodka tocava a minha pele, descia dos meus seios até a minha barriga, tão rápido, eu delirava. Me deitei, ela abriu minhas pernas e fez o que sabia fazer de melhor, ela me deixava louca. A puxei para cima de mim, era minha vez de a fazer feliz, de escutar aquela voz doce através dos seus gemidos dizendo que queria mais. Entravamos numa dança sensual que era o ritmo dos nossos corpos possuindo um ao outro, nos amando, provocando as melhores sensações.
E ficamos ali por um bom tempo, língua, pele, mão, dedos, desejo, o sexo com amor, puro e perfeito.
Selávamos assim a nossa volta, eu era dela e ela era minha. Transformávamos a partir dali essa noite em puro êxtase. Ao fim de tudo, voltamos para sala para beber mais, rir e sermos felizes como nos velhos tempos. Já não tínhamos mais a saudades, a deixamos na cozinha e ela não voltará por o mais longo tempo que for. Felizes enfim.

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