Chega um ponto da nossa vida, da nossa carne, da nossa alma que tanto faz se alguém te bate mais forte ou um pouco mais.
Tanto faz porque nós já estamos cansados e já sofremos tanto que não fazemos mais questão de aturar ninguém, falamos a verdade mesmo que doa e tentamos seguir em frente como se nada tivesse nos acontecido.
É aquele ponto quando alguém nos tira a paciência e sabendo-se que podemos evitar a pessoa simplesmente vamos dormir.
Dormir para ver se o tempo nos ajuda a curar: os doloridos, os machucados, a enfermidade de uma vida tão mais sofrida.
E então nos contentamos com a solidez, com o barulho do vento, com a rede balançando, com uma música boa. Por quê apenas tentamos ficar longe de quem nos fez mal e cada vez mais perto do pouco de um resto de alma que sobreviveu a tudo isso.
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