terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Out of your own mind

Faz tempo que eu não escuto um bom rock, daqueles que não importa o quanto critiquem ou o quanto elogiem ele vai ser bom do mesmo jeito. 
Já pararam para pensar que música é questão de gosto? E que algo pode ser tão bom para você quanto não é para outra pessoa. 
Faz tempo que não sou eu sozinha, eu por mim mesma. Eu sem ninguém. Nem por ninguém. 
Eu realmente sinto falta da minha solidão.
Daqueles dias que eu saia de casa disposta a escutar rock, beber horrores e fazer o que bem estive disposta. Dias de se sentir viva. 
Estar com alguém, somente com alguém só vale a pena se esse alguém o fizer se sentir vivo.
Têm dias que me canso de todos esses dramas, é tão mais fácil conviver só com os meus dramas e minha própria solidão.
Acho que não tem ninguém que me conheça melhor do que eu mesma. 
Pode parecer estranho, mas eu sinto falta dos dias de escuridão.
Eu não sei dizer ao certo, mas aquela escuridão me traduzia de uma certa forma.
Eu saia de casa, não dizia nada a ninguém, bebia, ria, chorava, ninguém no mesmo chão que eu me julgava. Sempre voltava a beira da noite, mesmo bêbada eu podia contemplar o céu estrelado, esse nunca vai deixar de fazer sentindo para mim, chegava em casa e ia dormir com o mundo girando. Lógico que depois de um bom banho e de comer algo, ou até quem sabe de vomitar.
Teve dias que eu bebia até sozinha, já anunciei nesse quarto bebendo vodka e escutando Matanza. 
Acho que sinto falta mesmo é de beber. 
Demora um pouco para gente entender que têm coisas que fazem parte da gente. 
Então eu te aceito de volta, bebida.
Tem coisas que só estando fora de nós mesmos podemos entender. 

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