E é aquele primeiro beijo.
Mas antes vem uma série de sentimentos, de emoções, que você
não sabe se vai desmaiar ou vomitar, ou estragar tudo de uma só vez.
Vocês ficam naquela enrolação, e cada vez que vocês se olham
um descompassa o ritmo do coração do outro. Acho que é por que eles tentam
entrar na mesma sintonia.
Então chega o momento que um dos corpos se cansam, se cansam
daquela brincadeira e querem conseguir o outro.
E em seguida há aquela troca de olhar desconcertante, algo
que parece que não vai funcionar e quando você percebe seus lábios já estão
tocando suavemente os outros lábios.
Seu corpo fica extasiado, seu coração dispara.
Primeiro você analisa os outros lábios, entende como devem
se encaixar aos seus. Tudo suavemente e delicadamente. Mas depois que eles se
encontram, depois que eles se conversam, se abraçam e se entendem o ritmo
aumenta.
Assim os corpos que antes estavam apenas conectados pelos
lábios fazem questão de estarem um pouco mais juntos, é quando você abraça, é
quando os corpos se colam.
O corpo vai e vem no ritmo dos beijos, é como se a cada
toque das língua o corpo levasse um choque e se erguesse sutilmente só para
depois voltar, descer e puxar mais para si o outro corpo e carregar, transcender
toda essa energia.
Quando o beijo acaba, os lábios se desconectam, mas a alma
já está entrelaçada.
Os olhos permanecem poucos segundos após o término do beijo
fechados, só imaginando que aquilo poderia ser feito para sempre e sempre.
Os mesmos olhos se abrem e a frente está o mais belo
sorriso, e você sorri de volta.
Agora você já pode respirar, e você respira fundo na
tentativa de recuperar o fôlego que lhe roubaram.
Antes tivesse só roubado isso, mas levou alma, levou
coração, levou chão, se fez morada.
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