Você ficaria por mim como eu ficaria por você?
Em qual oportunidade você me deixaria? (Deixará?)
Você está por mim como estou por nós?
Você não me ama cegamente, esse amor não te incomoda, não parece incomodar. E se não for pra ser loucura, para que ser?
Amor é se jogar em abismo, esquecer a razão quando estiver na ponta do precipício.
Amor é quando o outro quiser desistir e ir embora você dizer “fica”, porque às vezes a raiva é passageira, a dor é momentânea e a história tem que continuar e não acabar.
Amor é juntar os cacos do outro e mostrar o caminho certo a ser seguido.
Seguir sozinho é último recurso em última instância, que aí então, se torna necessária, mas antes disso cabe apelação.
Não se acaba no primeiro tropeço. Ou sou eu que já me machuquei tanto que agora minha carne dorme e não percebe mais as pancadas? Mas por certo sente o superficial, como quando a folha de papel corta seu dedo e arde mais que tudo, ao mínimo corte me parece o fim do mundo. Se você olha para mim e diz que é, eu vou acreditar. Se você me abraçar, eu vou acalmar.
O problema é que eu acredito muito no que se diz, palavra para mim é dívida, mas com você nunca foi assim, você diz que pode ir, mas me abraça e em silêncio pede para eu ficar. É como querer administrar a velocidade dos meus pensamentos, eu não consigo, assim também não consigo te entender.
Minha primeira desilusão amorosa.