Eu mordo meus lábios com força na esperança de cessar os sentimentos que correm pelo meu rosto saem dos meus olhos que pouco a pouco vão se cerrando.
Pela primeira vez em um bom tempo eu estou sentindo medo. Eu sei que minha nova versão é algo mais positivo e não tão apegado ao que futuro pode me trazer e com os pés no hoje. Mas hoje, especialmente agora eu tenho medo.
Eu tenho medo de me aproximar novamente de você e não ser correspondida, medo de trabalhar tanto numa melhor versão de mim e receber só “dois tapinhas nas costas”. E eu sei que minha evolução não diz respeito a ninguém além de mim mesma. Mas ainda assim…
Pela primeira vez me sinto completamente nua, desarmada, traçando caminhos perigosos, esses que contém amor e esperança, esses que às vezes não dão tão certo.
É como se de repente eu tivesse 15 anos de novo. Eu me sinto igual. Tentando dar amor, mas com medo de não receber, de ser esquecida… que loucura. Mas ao mesmo tempo é incrível sentir o amor, fazia tempo que ele não invadia meu coração tão puramente assim. É bom ter 15 anos novamente, há tempos não me sentia jovem.
O que me diferencia daquela eu de 15 anos pra hoje é que hoje eu não tenho mais o som que ouvia os cds físicos, estou ouvindo música no fone de ouvido pelo meu iPad, eu já tenho uma graduação, um fio de cabelo branco que não está mais aqui, mas só você sabe disso.
Ao mesmo tempo que choro e temo o que possa acontecer com meu coração, agradeço por me sentir viva. Há tempos eu não me sentia assim… como da vez que eu fui na barca e eu senti frio na barriga ao me levantar um pouco da cadeira quando eu estava no ponto mais alto, meu coração se enche de alegria por sentir novamente essas coisas, mas ao mesmo tempo ainda tenho medo.
Hoje à noite eu fiz planos caso você estivesse de volta em minha vida e eram planos incríveis, mas que eu poderia executar muito bem sozinha. Não sou a mesma pessoa inocente de 15 anos…