segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Meu espaço geográfico por ti constituído

Você fica tão lindo com essa sua cara de sono, com essa cara de bobo quando eu te elogio.
Esse seus óculos grandes, essa sua barba por fazer, esses lábios carnudos.
O cabelo bagunçado.
Sem saber se amanhã vai dar tudo certo, se a gente vai ficar bem semana que vem.
A cara de preocupado na madrugada fazendo as coisas da faculdade.
E eu aqui, só observando e te amando cada vez mais.
Você fica lindo de todo jeito, até quando não quer.
Suas sobrancelhas levantadas, sua boca entreaberta. Como se tudo fosse um convite a te amar mais, a te querer mais, a te ter.
Como posso resistir aos seus sorrisos, como posso resistir a seu jeito meio ''hippie'', meio ''nerd''?
Então vem cá, vê se larga um pouco desses livros, deixa eu te beijar bem muito.
Então vem cá, não se acanhe, esqueça um pouco o mundo lá fora.
Esquece todas essas preocupações, deita aqui comigo.
Deita aqui comigo e se diverte um pouco, me ama um pouco mais, deixa eu te amar do meu jeito.
Deixa de besteira, se entrega para mim como só você sabe fazer.
Tira essa roupa, a gente não precisa de segredos.
Esquece a cama, deita aqui sobre mim.
Me faz me sentir a mulher mais amada do mundo, que eu te mostro como isso tudo é recíproco.
Deixa o suor escorrer, deixa o cabelo se jogar, deixa as mãos descerem entre os corpos, deixa os corpos se entenderem.
Deixa o meu lábio tocar tua pele, te mostro como ele pode ser veludo.
Não se preocupa com nada, a gente se entende tão bem que tudo rola perfeitamente, sem maiores cobranças.
Deixa eu te fazer de minha cama.
Deixa eu bagunçar mais esse teu cabelo, fazer essa tua boca entreaberta valer a pena o fôlego a recuperar.
Arranha essa barba mal feita no meu pescoço, que te retribuo com carícias.
Só vem, esquece de tudo e se encontra em mim.
Deixa nossos corpos tão colados, que entramos em fim no nosso colapso, frenesi. Minha então última dança em cima de ti.
Agora deita aqui do meu lado, deixa eu descansar no teu peito.
Deixa eu sorrir contigo, fazer do teu riso meu maior encantamento.
Deixa nossas pernas se confundirem, meu cabelo enrolar no teu braço.
Amanhã a gente se importa com a vida lá fora, mas não agora.


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