domingo, 1 de dezembro de 2013

Olhos manchados de preto

Você disse para mim que não ia me machucar, não ia me magoar, que queria me curar e estava à minha disposição.
Eu pulei de um abismo por você e você me machucou incessantemente por cinco meses.
Eu espero que você tenha se divertido, rido, e achado tudo isso lindo, por que se você se arrepende, sinto muito lhe informar, mas você é mais covarde do que pensa.
Espero que você não chore e sim que continue e siga feliz, por que de choros na nossa relação só basta o meu.
Eu espero que você entenda quem eu sou hoje, você faz parte da minha parte fria, você contribuiu substancialmente para isso.
Não aceito suas desculpas, não tem como recuperar um coração assim, depois de tudo que eu já tinha lhe dito que passei.
Você não sabe nem por limites em sua casa, AINDA DEIXA QUE EU PASSE POR HUMILHAÇÕES.
E se saio de lá e vou embora você não faz nada. Obrigada por fazer eu entender que estou sozinha nessa.
Incrível como sempre tenho que lutar por dois.
Acho que nenhum braço cortado ou nota de suicídio me surpreende, dor é parte de mim, a gente se estapeia todo dia. Até já virei amiga da dor. Acho que está tudo tão dormente, já sangrou tanto, está tudo tão podre que eu nem ligo mais.
Eu não sei como ainda consigo ser boa, fazer coisas boas, se eu já morri por dentro faz tempo.
Se quando eu tenho esperança, você vem e me rouba, se faz de machista.
Nenhuma dor física no meu corpo me surpreende mais, nada me admira, eu faço é rir.
Às vezes olho pro meu corpo e sorrio ''Você acha que isso é dor? Então nunca sentiu um coração partir", é o que eu digo para meus receptores.
Até onde é o limite do ser humano?
Às vezes você olha alguém e não imagina por quantas pessoas aquele ser lutou, tudo o que ele fez e o amor que doou pros outros.
Às vezes você vê alguém tão correto, tão bom, nem imagina o nada, às larvas, o pó que existe dentro dele.
Acho que sou uma eterna ironia, sou o complexo da oposição.
Não sei o que sustenta meu coração, só tenho a alma.
Espero que ela não vá embora de mim, a única coisa que me resta.
De tudo de vida que eu tinha dentro do meu corpo, do resto, do sopro, você levou embora.

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