Os olhos em um segundo se enchem de lágrimas.
Como dói se sentir um fracasso.
Sem fôlego, com a garganta tampada, aquele nó que não desata.
Como dói estar fadada ao pior.
A pessoa perde as forças, a vontade, tenta várias vezes e nunca funciona.
Relacionamentos sempre caminham para o precipício, nunca encontrou uma ponte para ultrapassar esse vale.
Tão pouco se importa com o que o parceiro vai achar, se sente pena dela, compaixão, ódio, amor. Nada mais importa.
Como dói viver num loop.
Às vezes o melhor é desistir.
Encontrar alguém para amar pode até não ser difícil, continuar amando é suplício.
Preferia então aceitar a dor, mas dessa vez não ia fazer nada. Deixa a dor a consumir. Dai a César o que é de César. E aceitou a sua dor.
Por mais que não quisesse escolher esse caminho, no caso essa parada, não tinha opções.
Sempre preferiu pensar nos outros, mas, não sabe nem mais como essas coisas funcionam.
Ficar parada no meio do caminho, convivendo com a dor, a alimentando, chorando.
"Eu não posso fazer mal algum a não ser a mim mesmo."
Tratando-se de amor, por tudo que já tentara, estancar é o melhor.
E estancada no chão, em meio ao sangue, a dor e as lágrimas, que agora eram companheiras fiéis, ficou.