Nunca tinha visto meu rosto tão inchado, meu cabelo tão feio, minha pele tão descuidada. Os meus olhos que eram minha atração, agora estavam sem brilho.
Têm coisas que nos maltratam muito mais que uma doença.
Têm coisas que nos matam, sem precisar de muito.
Sinto dores por todo o meu corpo.
E no coração onde deveria sentir algo, só o vazio.
Vejo roxos em partes do meu braços, resquícios da raiva da noite passada.
Ainda sinto o gosto do veneno em minha boca.
Me sinto de joelhos em frente a um precipício, com as mãos cravadas no chão, só mais um pouco para eu cair.
Procuro sentido nas coisas que fiz por amor, no que ainda estou insistindo em viver.
Nada caminha para o certo.
É hora de matar essas minhas dores, minha aflição, esquecer do que sinto, do que senti.
Vou me embriagar, mesmo que isso seja só uma ilusão.
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