segunda-feira, 10 de junho de 2013

Em cada passo pela praia, esse vento esbarrando nos nossos lábios, nossos lábios em conjunto descobrindo como é gostoso o vai-e-vem do mar, o vai-e-vem de nossas línguas, nossas línguas que se saúdam e são tão doces quanto salgadas, feitas e encaixadas, mas eu olho de novo e é só o mar.
É o "eu quero te assumir, mas vá embora".
É o "eu te odeio, mas não solta minha mão".
Te odeio por todas as coisas que me faz sentir, assim como minhas bochechas vermelhas ao sorrir para ti.
Assim como os dedos entrelaçados sem jeito, ou as mãos errantes naquele escuro cheio de gente. Como a boca entreaberta, e o ofegar no ouvido. 
Assim como tudo acontece e tudo vai-e-vem, sem pedir licença, ou sem mais julgamentos, sem nenhuma pressão ou os motivos de estar ali.
Mas eu olho de novo e é só o mar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário