Eu escrevo para sobreviver, para tirar de dentro de mim tudo que me corrói, que tenta me matar, tudo que me mata.
Eu deveria ficar sozinha por um tempo e provavelmente eu me mataria, mas e daí? Se eu morro às vezes, quase que todo dia.
Eu não consigo me acostumar com um relacionamento amoroso, eu não me encaixo como deveria.
Eu parei de acreditar nisso há tempos e você foi o único que me fez acreditar, mas como acreditar novamente em algo que era para sempre e simplesmente acabou?
Me diz o motivo de eu não ter voltado atrás.
Me explica quem eu sou, para onde vou e por que fiz.
Me explica por que eu sofro tanto e nada nunca parece se encaixar comigo.
E quando eu estou perto eu gosto e distante tanto faz.
Qual essa minha necessidade de quebrar sempre tudo ao meio, e a qual fim eu quero chegar?
E de todos os sentimentos que guardei, será que existe a possibilidade deles oxidarem?
Eu finalmente consigo tudo que sempre sonhei e você está aí, alheio a tudo, alheio a mim.
E todas as pessoas, de todas as vidas, eu vou ser sempre a menina que luta, que grita, mas se sente deslocada e prefere estar em um mundo só dela.
(E isso tudo são tentativas de sobrevivência)
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