Sem pressa, sem vexames, apenas sendo levada pelo momento, pelo vento.
Uma música boa, só faltava a bebida, mas quem liga quando se tem tudo aquilo ao seu alcance?
De repente nada mais nos pertencia, nem nossas roupas, nem nossos corações, nem nossas vidas, nem nós mesmos.
E como se não bastasse teríamos que sermos apenas um, no vai-e-vem dos desejos, nas trocas de olhares, em cada beijo.
É o deslizar das mãos pelas curvas, dos lábios nas linhas, da língua na pele, de uma visão imergida a uma emergida, de uma boca aberta a um gemido.
Talvez fosse tão gostoso quanto o gritar, tão delicado como o abraço, tão doce quanto o chocolate.
E seguir se doando é tão mais fácil, e tão mais fácil também seria fingir que nada isso foi como todo dia será.
O egoísmo nunca pareceu tão bom e satisfatório.
Deitar em um peito nunca foi tão aconchegante.
Sorrir entre os beijos já é de praxe.
Ser feliz e completa é que bastaria.
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