segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Acordei com uma dor no peito, uma saudade, uma nostalgia misturada com a vontade de seguir em frente sem olhar para o passado. Tenho vontade de chorar e também tenho vontade de me bater por estar chorando por essas coisas...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Querido diário,
não é a primeira vez e nem o primeiro dia que nos meus pensamentos só rondam sobre a morte.
Não é a primeira vez que eu penso nela como uma aliada. Talvez eu até seja muito dramática em pensar em chamá-la com os problemas que eu tenho, melhor até dizer que drástica se ela viesse comigo, mas eu não gosto de ver dessa forma.
Eu não vejo a morte como o fim, se fiz algo por aqui certamente serei lembrada, seja de forma ruim ou forma boa, o importante é que antes de dormirem certamente lembrarão de mim de alguma maneira.
O suicídio não é tão egoísta se considerarmos nossa existência insignificante, se contarmos todas as coisas que deixamos de fazer pensando em outros e o que deixamos de falar, o que deixaram de fazer em relação a nós. É tudo nada. Quem se lembra da bisavó? Quem se lembra de uma tia-avó? Quem se lembra as coisas que essas pessoas fizeram? Para que elas contribuíram nesse mundo? Somos nada.
Eu não tenho medo de morrer. A morte para um ser pensante é finalmente desvendar um das suas maiores dúvidas ou talvez nem desvendar.
Do que vale todas as coisas? Qual o valor do seu tempo? O fim é a morte e nada com ela podemos levar, o máximo que podemos deixar são lembranças, essas são duráveis, outras nem tanto.
Se eu morresse hoje poderiam dizer que eu vivi o que queria, deixei de viver muitas vezes, mas vivi pelo menos um pouco. Também poderiam dizer que deixei de fazer muita coisa, mas não me culpem, me impediram.
Se eu me matasse seria por não suportar mais quem sou, não que eu seja uma pessoa ruim, mas porque não me permitem viver como eu quero. E qual a graça disso tudo sabendo que o fim é a morte e que você não pode fazer o que quer?
Eu sei que as pessoas ao meu redor são fortes e superariam a minha morte...
Talvez eu até esteja já morta hoje ao fim do dia.
Mental ou física, quem conseguirá diferenciar minhas várias mortes ao longo da vida?
E não importava, quanto mais tempo eu passasse com ele seria melhor para mim, mesmo que fosse em silêncio, mesmo que fosse dormindo, eu só queria estar ali, era só ele que eu queria.
A realidade é dura e cruel, quem dirá a vida, pior ainda, eu não queria o perder, eu não o irei perder. Já faz parte de mim... Eu só tinha que aprender a dar mais valor da forma dele, e não da minha forma.
Se você soubesse dos meus pensamentos maia obscuros e descobrisse que são suicidas talvez não me deixasse tão só. Se você soubesse das coisas que eu sinto e tenho vontade talvez me entendesse e não ficasse chateado comigo. Se você soubesse do quanto eu amo você talvez conseguisse superar os meus erros e ficaria mais ao meu lado. Se você soubesse das coisas mais escondidas que eu sinto talvez você não quisesse me largar nem que seja só por um segundo. Se você soubesse da vontade que eu tenho de largar tudo e ir até você talvez fosse mais seguro de mim. Se você notasse as pequenas coisas que eu faço por você talvez não seria tão duro nas palavras comigo. Se você entendesse a concepção de vida que eu tenho talvez nem ousaria em pensar em me deixar. Se você me entendesse por completa talvez faria as mesmas coisas que eu faço. Se você já tivesse vivido tudo que vivi ou pelo menos tomasse minhas dores talvez você entenderia meu Carpe Diem. Mas são só vários "se" e "talvez", nem te peço mais nada.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ela é feita de desejos da cabeça aos pés, ela precisa ser saciada, é como fera indomada. Aprender a conviver com seus pequenos surtos de lucidez é quase que impossível, não tenha medo quando estiver perto dela, ela sabe exatamente o que quer e onde quer.
Não é uma rosa, não é um CD de sua banda favorita que a impressiona, você precisa de mais, você nem precisa de nada, são os detalhes, as palavras sinceras, a mão que escorregou para o lugar exato que ela desejava.
Você não a pede para arriscar tudo e deixa as coisas monótonas, isso seria suicídio perto do que ela é. É perceber seu exato valor, se lembre de tudo o que tem nas suas mãos, é como uma bomba que pode explodir a qualquer momento e daí você não a tem mais.
Nunca diga que ela é sua, ela não é de ninguém, ela não é nem dela mesma, porque ela não é só uma, ela é várias, ela muda, ela te surpreende, ela inova.
Seu beijo tem vários sabores depende de suas vontades, e suas vontades depende do que você provoca nela. É super maleável e ao mesmo tempo imprevisível, são misturas que fazem todo o conjunto parecer um pouco mais interessante e só depende de você a conhecer e a levar onde ela quer. Não tão difícil, não tão fácil.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Acendam-se as luzes do cinema, todos de pé, por favor. Aplausos! O filme acabou, o mundo se acabou nele, um apocalipse zumbi. Esse fim continua com muita história ainda...
São todos zumbis controlados pelo melhor ventrículo que existe por essas bandas, o Sistema. Pessoas vazias e sem vida loucas para sugar valores de uma sociedade que prega o "ter" e não o "ser".
Ninguém está imune a esse vírus, é tão difícil de resistir que você cai tanto e as vezes cansa, mas a esperança tem de guiar, por um amanhã melhor.
São correntes quase que inquebráveis, a liberdade parece tão linda, não é mesmo?
A ignorância brasileira me surpreende, o egoísmo humano me decepciona.
Todos fazem questão de contribuir para essa política suja, esquecem o que significa comunidade e quem ajuda ao próximo quando isso é trabalho do seu Governo?
Afinal todos já fazemos muito em apostar na nossa política transparente, teremos de sugar mais dinheiro disso, teremos que tirar o melhor proveito.
Teremos de ser imbecis e sair do cinema rindo do filme, tomando nossa coca-cola, ir ao mc donalds e para finalizar o dia assistir um pouco de tv.
Somos quem eles querem que nós sejamos e não quem realmente somos.

Depois de velha estou aprendendo o que é insônia, o que é a vontade de dormir e a cabeça longe. Depois de tudo isso é muita informação para se organizar em apenas um dia, ainda mais uma noite, é só mais uma noite perdida pensando nas possibilidades de vida que há lá fora.
É só mais uma paranóia, uma saudade, uma verdade, é a minha mentira, é também a minha vida que não muda como eu quero, que eu levo no sereno e nunca perdendo o brilho da lua.
E minha boca aberta, meus olhos inchados revelam o cansaço e a tirania que sofro por ser eu mesma. Descobrindo devagar as coisas, entendendo e contestando o tempo, carregando no ombro as mais pesadas verdades.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

E em meio a fumaça, cigarro, bebida, o cheiro, teu gosto, meu nêgo, me beije, me ame, me odeie, transe.
Me use, abuse, me deixe, fique, não me abandone, me beije, te amo.
O menino mais perfeito que eu conheço está lá embaixo pegando nosso milkshakes, eu estou o esperando aqui em cima com saudades dos seus lábios.
O menino mais perfeito que eu conheço não é o mais forte, mas é o mais bonito, ele sabe como me
encantar.
O menino mais perfeito que eu conheço eu não o deixo sozinho por aí, eu o tenho comigo e tento cuidar com todo carinho.
O menino mais perfeito que eu conheço gosta de mim, mesmo que eu seja assim e está vindo com os nossos milkshakes.
O menino mais perfeito que eu conheço está aqui, olhando pra mim e me fazendo sorrir porque ele é lindo de todos os jeitos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Vida. É engraçado como essa palavra no seu termo sintético tem apenas um significado, mas para os pensantes é um mistério, é muito mais do que alguns significados. Viver.
E quantas vidas podem haver em uma só vida? Quantas vezes eu posso amar um só alguém? Quantas vezes eu posso amar?
A lua começa grande e amarela, as nuvens não estão muito escuras, belo contraste que o céu traz consigo. Uma praça toda iluminada por luzes verdes, um banco, eu e você . Dar amor e carinho não tem haver com tempo, tem haver com intensidade. Nossa amizade brotou e cresceu de uma forma enigmática, muito rápida. Destino? É besteira envolver religião nesses assuntos, deixa eu culpar a natureza que faz mais sentido.
Nossos sorrisos e idiotices, tudo simples como deve ser e foi.
Sabia que eu sei sambar? Você não sabia, mas descobriu, também descobriu que a gente tinha tudo haver, e me pediu um beijo, então um beijo aconteceu.
A lua branca e menor, as nuvens mais escuras, um novo contraste, mesmo assim ainda belo.
"Dê uma chance para a vida". E eu que me dizia tão Carpe Diem me vi hipócrita por pensar que chance eu poderia dar, mas as coisas nunca foram tão simples na prática do que quando são ditas.
Eu me sentia tão bem, nada daquilo poderia acabar, o mundo bem que poderia explodir e nada mais sobrar, nossas cinzas ficariam eternizadas com aquele nosso momento. O mundo bem que poderia explodir.