terça-feira, 23 de dezembro de 2014

You know I'm such a fool for you

Eu sou uma grande trouxa quando se trata de você.
Parece que quanto mais eu me apaixono e quanto mais eu demonstro mais coisas aparecem para me deixar com ciúmes. Mas tudo não deve passar de uma paranóia da minha cabeça, afinal em um mundo paralelo eu sou correspondida e em outro mais paralelo ainda eu sou surpreendida. 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Talvez nós dois sabemos

A morte é iminente a todos, morrer todos os dias pode até ser uma opção, mas para alguns é destino. 
Quantas vezes eu já não chorei a noite inteira e no outro dia com os olhos inchados justifiquei que era só sono. 
Quantas vezes eu já não desejei que tudo aquilo acabasse de uma vez, que pudesse passar logo. 
Quantas vezes eu não prefiri me machucar de alguma forma, simplesmente por querer substituir a dor emocional pela física. 
Eu sempre li muito, desde criança, até livro de Machado de Assis eu tentava ler com um dicionário do lado. Histórias de aventura e de amor sempre me encantaram. 
Nas minhas brincadeiras eu sempre era uma princesa guerreira, nunca aceitava ser a indefesa, no máximo me fingia de indefesa para pegar o malvado. 
Fui doutrinada no cristianismo e sempre levava os sermões da missa a sério, sempre tentei fazer a coisa certa, em seus moldes.
Depois troquei a religião pela filosofia, mas não deixei de querer fazer a coisa certa, só sabia que agora nem sempre o que me ensinavam era a coisa certa. 
Sempre acreditei na bondade das pessoas, também acredito em segundas chances, ou em alguns casos, várias chances.
Quando eu era criança eu prestava atenção nos meninos, principalmente quando eu viajava, o que eu fazia muito. Sempre tentava fazer novas amizades, sempre achava que nessa nova amizade eu podia encontrar o grande amor da minha vida. 
Sim, eu achava que eu ia esbarrar por ele por aí, mesmo sendo uma menina com menos de 10 anos. Eu via no amor uma coisa bonita e extraordinária, o amor como aprendi sempre me encantou. 
Sempre acreditei tanto no amor que saía por aí sempre inventando algo para homenagear meus amigos, as pessoas que amava. 
Até que encontrei quem amar, sempre me doei, sempre tentei fazer o melhor, que as coisas dessem certo, mas elas sempre desandavam.
Por não entender o motivo de eu sempre sofrer, quase sempre de formas parecidas, encontrei o destino como razão e prefiro pensar assim, me conforta ter ao menos uma explicação do que nenhuma.
Eu acho que não consigo culpar o amor pelas penitências que eu pago ao sentir ele, acho que isso tem mais haver com as pessoas mesmo. 
Eu sinceramente, e digo isso com lágrimas não mais nos olhos e sim já jogadas pelo meu rosto, só queria que as coisas dessem certo para mim, que o amor que eu pensei viver acontecesse, que eu chorasse menos.
Eu não sei, eu sou uma pessoa muito magoada, se pudessem me abrir veriam as cicatrizes que levo, não são poucas.
Tudo isso me sufoca muito, não é pouca coisa. 
Eu me sinto perdida dentro de mim mesma, mergulhada nessas coisas ruins que eu sinto.
Eu não consigo sair daqui e não quero aceitar ajuda de ninguém, pelo meu histórico isso nunca acaba em coisa boa.
As coisas simples me atingem de uma maneira forte, eu acho que estou muito fraca para encarar o mundo que tem por aí, pelo menos se o mundo se tratar de amor.
Eu consigo perdoar, mas jamais esqueço das coisas ruins que me disseram.
Eu sou complicada.
Sinto muito por tudo que sou. 


domingo, 16 de novembro de 2014

Estou me sentindo igual ao meu cachorro quando corre demais: cansado, por mais que o puxem não quer sair do lugar e se levanta só por dois motivos: ou para ir para grama (que é um lugar confortável) ou para voltar para casa.

Nem é tudo que eu tenho para dizer, nem chega perto do que ainda tenho para falar

Relacionamentos são complicados e como os que vivo pior ainda.
Mas tirando essa roupa, essa carcaça, sim, pois cresce uma carcaça com as coisas do dia-a-dia, elas pregam na gente, essas coisas ruins, essas pessoas ruins, tudo isso influi no que fazemos e dizemos. Enfim, tirando tudo isso, a gente ama um ao outro tão puramente.
O amor por si só, na sua forma bruta é simplório.
Porém como o homem é que detém o amor, ou mesmo que o amor detenha o homem, o homem é complicado, e faz questão de se deixar levar pelas coisas que lhe pregam no dia-a-dia, tornando consequentemente o amor complicado.
Eu só queria poder saber lidar melhor com essas coisas, poder tirar essa carcaça ao final do dia, ou até mesmo não deixar essa sujeira acumular.
Me desculpe por não conseguir ainda me limpar das coisas ruins como deveria.
Só saiba que eu te amo da forma mais pura e gosto de te amar.
Eu gosto de quando estamos em paz.
Então volte para mim da forma mais simples que puder, assim eu voltarei para você da forma mais simples que posso.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Homem é tudo igual

Eu tenho um namorado e homem é tudo igual. 
Por diversas vezes eu passei a mão na cabeça dele, entendi os dramas masculinos dele.
Por diversas vezes eu deixei ele a vontade, não pedi as coisas pra ele. 
Quando comecei a pedir não adiantou de muito não, mas mesmo assim insisti. 
Nada de mudança.
Homem se esconde por trás dos privilégios que a sociedade o dá. 
Homem mimado é pior ainda.
Homem não tem a coragem que uma mulher tem, não enfrenta o mundo como uma mulher enfrenta.
Homem é opressor e se faz de vítima, é lobo em pele de cordeiro. 
Homem faz as coisas erradas e ainda quer ter razão. 
Homem fode a mulher e ainda quer redenção. 
Por isso que estou trocando meu namorado por outra mulher. 
Pois homem nunca aprende a lição.
E eu não estou afim de esperar que homem para de ser homem, que expresse seus sentimentos, que me entenda, que não seja machista.
Estou indo em busca do que é melhor para mim. 
Companheira entende companheira.
Seria uma pena se eu não sentisse pena de nenhum homem. 
E que seja pena então. 

Assinado, 
                Rebeca. 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Aceite-se

Sentada ao chão do banheiro, toda encolhida, com muita cólica, muita cólica no útero, na alma, no coração. 
Os olhos em um segundo se enchem de lágrimas.
Como dói se sentir um fracasso.
Sem fôlego, com a garganta tampada, aquele nó que não desata.
Como dói estar fadada ao pior. 
A pessoa perde as forças, a vontade, tenta várias vezes e nunca funciona.
Relacionamentos sempre caminham para o precipício, nunca encontrou uma ponte para ultrapassar esse vale.
Tão pouco se importa com o que o parceiro vai achar, se sente pena dela, compaixão, ódio, amor. Nada mais importa. 
Como dói viver num loop.
Às vezes o melhor é desistir.
Encontrar alguém para amar pode até não ser difícil, continuar amando é suplício. 
Preferia então aceitar a dor, mas dessa vez não ia fazer nada. Deixa a dor a consumir. Dai a César o que é de César. E aceitou a sua dor. 
Por mais que não quisesse escolher esse caminho, no caso essa parada, não tinha opções. 
Sempre preferiu pensar nos outros, mas, não sabe nem mais como essas coisas funcionam.
Ficar parada no meio do caminho, convivendo com a dor, a alimentando, chorando. 
"Eu não posso fazer mal algum a não ser a mim mesmo."
Tratando-se de amor, por tudo que já tentara, estancar é o melhor.
E estancada no chão, em meio ao sangue, a dor e as lágrimas, que agora eram companheiras fiéis, ficou. 

Aceite-se

Sentada ao chão do banheiro, toda encolhida, com muita cólica, muita cólica no útero, na alma, no coração. 
Os olhos em um segundo se enchem de lágrimas.
Como dói se sentir um fracasso.
Sem fôlego, com a garganta tampada, aquele nó que não desata.
Como dói estar fadada ao pior. 
A pessoa perde as forças, a vontade, tenta várias vezes e nunca funciona.
Relacionamentos sempre caminham para o precipício, nunca encontrou uma ponte para ultrapassar esse vale.
Tão pouco se importa com o que o parceiro vai achar, se sente pena dela, compaixão, ódio, amor. Nada mais importa. 
Como dói viver num loop.
Às vezes o melhor é desistir.
Encontrar alguém para amar pode até não ser difícil, continuar amando é suplício. 
Preferia então aceitar a dor, mas dessa vez não ia fazer nada. Deixa a dor a consumir. Dai a César o que é de César. E aceitou a sua dor. 
Por mais que não quisesse escolher esse caminho, no caso essa parada, não tinha opções. 
Sempre preferiu pensar nos outros, mas, não sabe nem mais como essas coisas funcionam.
Ficar parada no meio do caminho, convivendo com a dor, a alimentando, chorando. 
"Eu não posso fazer mal algum a não ser a mim mesmo."
Tratando-se de amor, por tudo que já tentara, estancar é o melhor.
E estancada no chão, em meio ao sangue, a dor e as lágrimas, que agora eram companheiras fiéis, ficou. 

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Damien Rice - Delicate

Eu não costumo pedir um tempo, ou aceitar um tempo assim. 
Mas dessa vez eu precisava. 
Comecei o dia muito bem. Decidi que iria emagrecer, me ajeitar, estou ansiosa pelo meu mega hair, cuidar da pele, cuidar de mim. Eu mereço. 
Voltei para a natação, prometi para mim mesma voltar a fazer esteira, e até recebi convite para voltar a andar de bicicleta. 
Eu estou feliz, não tanto quanto eu estava de manhã, mas as noites são sempre assim mesmo.
Eu estou mais leve.
Eu só queria estar livre de problemas, de todas as brigas, de tudo aquilo que estava me fazendo mal. Olha, que louco, eu pensando em mim alguma vez. Acontece... 
Eu passei o dia realmente muito bem, mas aí chegou a noite, e não tem como não pensar se ele chegou bem em casa, como ele está essas coisas.
Mas isso não significa que eu vá voltar atrás no que eu disse e no que eu quero. Eu o amo, me importo, às vezes exageradamente, mas é assim que eu sou.
Eu estou me amando também, e quando não me levam a sério eu provo da forma mais dolorosa como eu estava falando sério. Algumas consequências acho que as pessoas tem que arcar mesmo, e eu ajudo para que elas aconteçam. 
Eu espero continuar assim feliz, espero que meus planos continuem a dar certo. Espero também pensar em algumas coisas sobre como agi no relacionamentos, mas não agora, eu não preciso de mais coisas me deixam mal.
Eu não espero dele que ele me escreva algo no seu blog, ou que fale o que sinta lá, ou até mesmo qualquer coisa no Twitter, eu me cansei de tentar entendê-lo e ele não me dizer nada.
Eu não vou lutar mais, eu não vou atrás, já fiz tudo que eu tinha para fazer. Alguma dia irei voltar, mas se eu não for feliz e não estiver tão bem quanto estou me sentindo agora, então eu sou melhor sozinha. 
Eu não vou ser mais manipulada, chantageada, nem nada do tipo. Eu estou de consciência limpa. Eu sei do que estou fazendo.
E todos os outros fatores que eu levava em consideração para ficar, como sexo, família, essas coisas, eu já estou deixando de lado. Eu não vou ter medo de ser feliz. 
Enfim, boa noite. 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Meus olhos não são os mesmos

Quando acordei e olhei de frente ao espelho fiquei impressionada.
Nunca tinha visto meu rosto tão inchado, meu cabelo tão feio, minha pele tão descuidada. Os meus olhos que eram minha atração, agora estavam sem brilho. 
Têm coisas que nos maltratam muito mais que uma doença.
Têm coisas que nos matam, sem precisar de muito.
Sinto dores por todo o meu corpo.
E no coração onde deveria sentir algo, só o vazio. 
Vejo roxos em partes do meu braços, resquícios da raiva da noite passada.
Ainda sinto o gosto do veneno em minha boca. 
Me sinto de joelhos em frente a um precipício, com as mãos cravadas no chão, só mais um pouco para eu cair. 
Procuro sentido nas coisas que fiz por amor, no que ainda estou insistindo em viver. 
Nada caminha para o certo.
É hora de matar essas minhas dores, minha aflição, esquecer do que sinto, do que senti.
Vou me embriagar, mesmo que isso seja só uma ilusão. 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Nunca há de existir razões suficientes

Eu já tive depressão uma vez, e o que me fez entrar foram palavras, um pouco de atitudes também, mas sem as palavras essas atitudes não seriam tão ofensivas. 
As pessoas deveriam ter um pouco de noção o quanto palavras doem, elas podem curar também, mas quando elas rasgam, deixam feridas que sangram por meses.
Eu me lembro de tudo que me falavam, de quanto eu era feia, menosprezável, que eu deveria "acordar para a vida", que eu não fazia nada certo, que eu era falsa. Levei ofensas muito sobre minha aparência, acusações sobre coisas que não fiz, me faziam da pior pessoa do mundo, sem eu ter feito nada.
Nunca cheguei a me machucar fisicamente, mas já senti vontade de me matar. 
Depois que passei disso as ofensas nunca pararam, mas eu me sentia mais forte para enfrentar tudo isso, para aprender a ignorar, ou revidar do meu jeito.
Hoje já é menos, mas ainda incomodo muita gente, não sei por qual razão, porém, atualmente eu faço é rir.
Hoje as únicas palavras que me machucam são das pessoas que eu amo e que dizem que me amo. 
E você escutar coisas horríveis sobre você por quem você antes teria escolhido passar o resto da vida, é o mesmo que me cortar o coração inteiro. E o meu coração está em pedaços, se isso é possível. A forma como tudo aconteceu hoje, não consigo nem dizer o quanto magoada eu estou, ou culpar alguém além de mim.
Sinceradidade é sempre bem-vinda, mas tudo depende da forma que é dito. Sinceridade com amor é bom, sinceridade com ódio é homicídio. 
Eu não consigo perdoar quem me fere assim, não consigo enxergar esse amor através das palavras de ódio, não cabem esse dois sentimentos no mesmo lugar.
Logo eu, que sempre tentei cuidar bem de quem eu amava, apesar de estar um pouco áspera ultimamente, mas que não ficaria depois de tanto ser magoada? Estar bem é um processo e para eu estar 100% vai demorar algum bom tempo. 
Eu nunca menti sobre minhas mágoas, o que passei, sempre avisei os motivos de eu poder ser um pouco amarga.
Mas me machucar daquele jeito, ninguém tinha o direito. Falar palavras de ódio, me atingir da pior forma e se justificar com amor.
Mas tudo bem, não há motivos para eu chorar, para gritar de raiva e querer me dopar tentando ficar bem. Afinal eu merecia, quem não merecia tanto ódio assim? 
Eu sou uma ingrata, tenho que aproveitar a sinceridade de quem me ama na forma que ela vier, pois ela não vem todo dia. 
Eu tenho que estar bem de qualquer jeito , não há razões para se magoar, nunca há. 

sábado, 23 de agosto de 2014

Relatos do primeiro dia

Caro leitor, eu estou passando por uma parte dificultuosa da minha vida.
Eu não sei se eu nasci para amar um só alguém ou se nasci para ficar sozinha.
Mas minha relação está desgastada, eu não sei mais o que fazer.
O fato é que eu estou tão perdida em todas as aéreas da minha vida.
Sabe o que é mais frustrante? Você vê quem te machuca se dar bem e você, pobre de tão inocente, só se ferra.
Parece que a vida faz de propósito, "seja boa, mas você vai sofrer".
Já passei por tantos processos de aceitação, sempre acho que tenho que aceitar o que a vida me proprorciona, não que eu vá aceitar tudo, mas quando eu tento, tento, tento mudar e nada resolvo, eu acho que é para ser assim mesmo. 
Porém alguns dias depois eu esqueça que eu aceitei e volte a tentar.
Estou no primeiro dia de um tempo que eu pedi a ele, e só me vem questionamentos do que eu sou, para onde eu vou e de onde eu vim. Faz parte do processo.
Eu ainda o amo, outro fato.
Eu estou escutando e sei que vou escutar pelo resto da tarde "Diamonds are forever" na interpretação de Arctic Monkeys. E acredite, eu não enjôo. 
No momento eu me sinto perdida, mas não me sinto triste, nem alegre, me sinto "sei lá".
Já pensei no término várias vezes, e toda vez que penso, penso também na minha família, no que a gente construiu de bom um para o outro, em mim, nele. São vários fatores que me levam sempre a me questionar se o término é o melhor.
Eu nunca tive tanto problema para terminar um relacionamento, mas esse eu tenho. 
E eu tenho que pensar em mim também, no que eu passei por causa dele, como ele ainda faz merda, como eu estou magoada, como eu não consegui perdoar muita coisa, como eu sempre acho que eu fiz mais por ele do que ele está tentando fazer por mim.
Ah! Outra coisa! Ele não está tentando me reconquistar, e isso está me matando. Porque é como se eu tivesse um melhor amigo que não se esforça para fazer merda comigo e só. Não tem a mesma paixão do começo. 
Existem tantas coisas que me matam.
Eu não desejo a ninguém o que eu estou passando. Eu não queria estar passando por nada disso. 
Isso fode comigo de várias maneiras. 
Eu espero que tudo isso acabe em breve, toda essa agonia, todas essas dúvidas, eu realmente não pretendo continuar assim por muito tempo. Já aguentei tanto. Não aguento tanto mais. 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Inibria o amor quem há em mim

Eu posso sentir o cheiro do feromônio inebriando a casa. 
Escutar seus passos, você, sei cheiro chegando casa vez perto de mim.
Como forte que sou, não gosto de vinho, e então você me entrega um copo de cachaça, tomo um gole, dois, três, quatro e você já está ansioso.
No quinto gole você já esquece de me esperar, beija meu pescoço, me segura forte, me acaricia.
Está tocando Aerosmith, você sabe muito bem que rock escolher para cada humor meu. Você conhece tão bem a minha mente quanto conhece o meu corpo. 
Você começa a me beijar, calorosamente, eu retribuo os beijos, as carícias, as mãos fortes.
Me senta em cima da mesa, tira minha blusa, mas você já está sem, está apenas com uma calça longa de algodão, bem confortável.
Nós continuamos nos amando mais forte.
Eu me levanto, Aerosmith ainda está a tocar, o que me leva a dançar para você, fazendo suas mãos passarem por o meu corpo, por minhas curvas. Enquanto meus quadris se movimentam no ritmo da música, de um lado para o outro, você os segura e os aperta forte me desejando casa vez mais. Eu fico de costas para você, dançando mais e mais para você, enquanto você tem a oportunidade de acompanhar a dança não só com os olhos, mas com o seu corpo e suas mãos.
E assim eu vou te levando até o quarto, e tiro toda a minha roupa para você, ainda acompanhando a música, mas não só tiro a minha como faço questão de tirar a sua. 
Por mais que a gente sempre acabe no chão, poderíamos começar pela cama. 
Aí então começa o frenesi.
Mãos, unhas, dentes, boca abertas, bem abertas para gemer, gritar, recuperar o ar.
Suor, curvas, músculos, veias, carne, força, prazer.
Posições, paixões, vai e vem, rola, mudar, fazer.
Oscilações, paradas, continuações, aumenta, diminui, não para.
Continua... 

terça-feira, 15 de julho de 2014

Meu mundo ficou melhor

Ela sempre ficava surpreendida quando encontrava um homem especial. Mas o que seria um "homem especial" para ela? 
Depois dela sofrer tanto por outros, um homem especial era apenas um homem doce, gentil, amável, carinhoso, sincero, e o mais importante de tudo: inofensivo.
Para quem vive em uma eterna defensiva é estranho achar alguém tão bom, de coração tão puro, de uma alma tão boa, um sorriso tão sincero, de um abraço tão bom.
Ela que estava e ainda está tão acostumada com julgamentos, com olhares de reprovação, com culpas que não existem.
Ela que carrega os pedaços de seu coração partido no seu bolso.
Ela que não espera muito de ninguém, e está acostumada com as coisas ruins que a acontece.
É tão bonito ver que ela pode ver em alguém a esperança de que ainda existem pessoas boas.
E é engraçado, porque mesmo com todas essas características ela não pense nele de uma outra forma, não só porque seu coração não aguenta nenhum outro amor, mas porque seres assim a gente nem tenta mudar nada, nada! A gente só cuida.
Seres assim, ajudam sem perceber, acalmam sem querer, consertam coisas quebradas só por amar. 
O mundo já ganhou alguém assim faz tempo, ela só descobriu esse alguém agora.
Ela vai dormir todos os dias um pouco mais aliviada.
Ah! E como vai...

sábado, 12 de julho de 2014

Você me entende?

Eu não sei qual o seu problema, eu nem sei se eu gostaria de saber.
Eu só sei qual o meu, o meu é você.
Eu sou completamente apaixonada por você, eu sou boba, eu sou louca, eu amo você de verdade.
Me dói saber que você sofre de algum jeito, me dá vontade de te abraçar, te proteger, te guardar, para nada mais te ferir. 
Existem mulheres que nasceram com a condição de ser mãe, mas acho que o que fizeram comigo foi sacanagem, porque não vejo uma pessoa mais protetora que eu, alguém que faça de tudo por quem ama mesmo que esse alguém erre. Honestamente só vejo sentimentos assim em mães, por isso digo que nasci com um sentimento de uma. 
Eu te amo tanto que chega a doer. 
Eu te amo tanto que eu passaria por tudo de novo só por você, só para você aprender, só para no final do dia a gente se amar.
O que me mantém aqui é só o amor, é por saber que você já cuidou tanto de mim, já fez tanto por mim, assim como eu busco sempre fazer por você.
Chorei tanto por não poder passar mais um dia com você antes de você ir embora, chorei feito criança, como se tivessem levado uma parte de mim junto.
Então, volta melhor pra mim? 

Onde está a cura?

O que é essa dor dentro de nós?
A dor que habita em mim tem nome.
Ela faz minha pulsação aumentar, minha dor de cabeça surgir, os retratos quebrar.
A dor que eu sinto dentro de mim só não consegue ser maior que meu amor, que mesmo que esse nome esteja debaixo de chuva sofrendo, eu ainda sinto compaixão por ele, a dor mesmo que sobreviva, não é maior que meu amor.
A dor que eu sinto me faz olhar para os cacos de vidro do retrato quebrado ao chão, me faz desejar coisas ruins. Me lembra que eu não sou tão diferente desses cacos. Me lembra dos meus pedaços, e eu não sei se esse nome ou outro irá de juntar minhas partes. 
Depois de tanta dor eu não sei mais o que é certo, abandonar esse nome ou persistir para que dê certo. 
Mas que pena que na dor não existem respostas. 
Quem dera... Quem dera eu soubesse e conseguisse me curar. 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Fechar os olhos

Sentada em um banco de uma universidade, sozinha e todos passando apressados para suas vidas corriqueiras.
A noite, ventando, tão bom.
Com os fones de ouvido, uma música boa.
O coração repleto de saudade.
A mente uma viagem.
Coisas a serem vistas, mas era preferível deixar a saudade entrar, tomar de conta e sentada permanecer.
Era preferível imaginar que alguém que por ali passasse pudesse ser você, apenas em uma tentativa de acalmar os ânimos de um coração embriagado de saudades. 
Preferível também era lembrar do seu cheiro, lembrar do seu beijo, lembrar de você por inteiro e desejar te ter o quanto antes.
E por assim sendo maior que tudo a saudade, fechou os olhos e se deliciou na lembrança do cheiro do teu corpo. 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

I stand up with you forever

Chegou um momento da minha vida que eu percebi que não teria ninguém por mim além de mim mesma.
Aquele momento eu sabia que todo o amor que eu perdi por esses anos por mais que eu tentasse recuperar no hoje e no amanhã ele não voltaria para mim.
E que quando me abrissem, quando me deixassem nua, seria perceptível todas as feridas, todas as cicatrizes e para alguém que tem quelóide talvez elas fossem bem visíveis. 
Não importa o quanto eu tentasse recuperar o que eu perdi no passado, nada disso voltaria. É como se eu estivesse quebrada e isso não pudesse ser consertado.
Não importa o quão boa você é com alguém, esse alguém sempre vai achar um jeito de te magoar da pior forma.
Não importa o quanto você é gentil, o quanto você é dedicada, nunca vai ser o suficiente para quem te olha com olhos sujos.
Não importa o quanto você tente se recuperar dessas feridas, tente escondê-las, dias e noites vêm e vão, elas vão doer em alguma circunstância. 
Acho que eu sou marcada para sempre por todas as dores que passei.
E eu tenho que aprender a não me apoiar em ninguém, porque eu sei que não é forte o suficiente para me segurar além de mim mesma. 
Para alguém que tentou ser morta até mesmo dentro da barriga da mãe, a morte não me parece algo que venha de uma vez e assim seja eterno. Ela parece mais como algo que eu sinto todos os dias, todos os dias de tristeza e dores.
O prazer que ela tem me deixar assim, é o mesmo prazer que eu tenho em sobreviver mais um dia a ela.
Estamos sozinhos, tudo o que nos resta é a solidão.
Por mais que você esteja por alguém, nunca espere que esse alguém esteja por você.
Quando você tirar sua roupa e poder ver suas cicatrizes, pelo menos você sobreviveu. 
Por diversas vezes me disseram que eu era um anjo. Às vezes eu penso se com isso me vem um fardo de dores, se anjos também sofrem assim, se eu teria outra escolha.
Porque eu sei quem eu sou. 
Eu sou aquela que sofre sozinha, que se ama e se odeia sozinha.
Eu sou aquela que prefiro me machucar do que machucar os outros.
Parece que quando eu fico comigo mesma eu consigo ver quem eu realmente sou, todas as dores, tudo o que não volta mais, e parece que o mundo que eu tento criar para disfarçar minha solidão despenca.
É difícil ver o mundo como vejo agora, mas pelo menos é real.
Eu posso assegurar que dói. 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Então vem

O ar condicionado aos 17 graus, o quarto bem gelado, uma TV ligada, passando qualquer coisa, ligada no mudo. 
Eu deitada com um short folgado e fino, uma blusa folgada e fina sem roupas íntimas, deitada na cama, esperando por você. 
Você chega com nossos copos d'água, só de cueca.
Deita do meu lado, está muito frio, me agarrando bem forte.
Nos cobrimos com o meu edredon tão fofo e parecido com pêlos de cachorro como você diz, nós agarramos bem muito, bem encaxaidinho, bem gostoso.
Você me diz o quanto eu sou linda, eu te digo o quanto você é bobo. 
Você me olha sério, e me beija bem gostoso, me agarra com força, faz meu coração acelerar. 
Então a gente se acerta assim, se aceita assim, se encaixa assim, se ama assim.
A gente se esconde debaixo das cobertas feito duas crianças, brinca de cócegas, brinca de se amar.
A gente se ama, sem demora. 
A gente se ama até suspirar. 
E então a gente dorme juntinho, eu deixando seu braço dormente, você escondendo suas partes íntimas na minha bunda, tirou até a cueca, só para poder se esquentar. 
Então a gente sonha agarradinho, e não se larga por nada, só se deixa amar. 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Querido, fica bem.

Querido, eu já sinto dor demais.
Eu já tenho meus próprio câncer. 
Eu já tenho uma parte do meu corpo necrosado.
Eu já tenho as feridas.
Eu já tenho a cara inchada.
Eu já tenho o lábio rachado.
O mais importante: eu já tenho o coração partido.
Querido, não sofra, não fique assim por bobagem.
De que valeria toda a minha dor, todo o meu sofrimento se não fosse para te ver bem?
Querido, não chore, não se doa assim.
Querido, eu já sofro por nós dois.
Querido, se alguém tem de ir embora sou eu, se alguém tem de morrer sou eu.
Querido, eu já me sacrifiquei tanto por você, não faça minha dor sem em vão.
Querido, não quero te ver triste, não fique assim.
Eu tomo suas dores para mim, devolvo teu sono, teu sossego e tu fica bem.
Querido, você não precisa passar por nada disso.
Vem cá, deixa isso de ruim comigo, deita um pouco e dorme sossegado, pois todo o sossego que eu tinha eu te doei. 
Por mais que eu esteja assim, ainda posso te fazer um carinho.
Fica bem, querido. A dor é só para quem já tem, esquece disso. Fica bem. 

Conforto

Toda vez que eu discutia com ele eu tinha vontade de atirar na minha cabeça, de enfiar uma bala no meu peito, ou qualquer coisa desse tipo. 
Como as pessoas podem ser tão idiotas?
Como elas podem brigar assim?
A verdade é que quando o mal me vem, eu não consigo descontar em ninguém, eu não quero machucar ninguém. Eu só tenho vontade de machucar a mim mesma.
E se machucar fisicamente, ter hematomas no corpo, fazer algo contra si, é como as cicatrizes da infância que nos lembram de algo que nos aconteceu. Pois eu sei que quando eu sentir meus pulsos doendo amanhã ou depois são lembranças de toda a dor que eu senti por dentro, a dor que eu prefiria que fosse externa, a dor externa que doia menos do que todos aqueles vidros cortando meu coração.
Eu sei que depois as marcas dos cortes vão me lembrar que mais vale sangrar, e deixar o sangue levar as coisas ruins, do que morrer de uma hemorragia interna de dor. 
Se machucar externamente é tentar se confortar da agonia, da cachoeira de coisas ruins que você sente por dentro.
Se machucar externamente é uma tentativa de abortar o sofrimento.
E seja uma briga com ele, com quem for, seja a dor que eu vá sentir, magoe tanto que o meu coração poder e não poder ser magoado, eu vou ter minhas defesas pessoais, pois a dor externa é o único conforto que eu tenho. 

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Poucas palavras sobre tudo

Amor é quando você deixa a pessoa livre.
Amor é quando você renuncia suas vontades, quando você prefere se ferir do que atrapalhar a vida do outro.
Amor é contraditório, 
Ao mesmo que você deseja a liberdade do outro, que até você mesmo se sente livre, você está preso as dores que as renúncias te causam. 

terça-feira, 8 de abril de 2014

Rasgando-se

Mais uma noite de solidão.
Mais uma noite que meu coração dói.
Dói por ele mesmo, dói porque ele se culpa, porque ele sofre por ser ele mesmo.
Mais uma noite em que eu me desmancho em lágrimas.
Uma daquelas noites que você tira a roupa, rasga a pele, se rasga em lágrimas.
Aquela noite em que você se lava, em que você está em carna viva e joga vinagre por cima.
Aquela noite em que você está trocando de pele, rasgões, sangue descendo, e você joga sal em cima.
Noite de tirar as impurezas de si.
Noite de sofrer pelas coisas que sente e por se rasgar quando não pôde.
Noite de solidão, noite de arranhão.

domingo, 6 de abril de 2014

Transcendência e Mistici(ver)dade

Acho que sou bem mais espiritualizada do que muito cristão, do que muita gente que acredita em Deus.
Eu não tenho uma receita exata para ser assim, para viver em paz, mas talvez eu consiga compartilhar algumas coisas que aprendi comigo mesma, ou melhor, com a vida.
Sobre estar em paz: 
Estar em paz, para mim, é um estado em que tudo é lindo, tudo é tranquilo e você consegue enxergar a beleza em tudo.
É quando seu coração bate compassadamente, sem muita pressa.
É quando a música é boa, seja em qual tom ela estiver.
É não estar triste, não é estar muito feliz.
Porque estar em paz é um estado que não requer qualquer tipo de excitação.
Sobre aprender a canalizar as coisas:
Isso se trata de apenas absolver coisas boas, e as ruins o máximo que você pode tirar delas é uma lição.
Quando alguém faz algo de ruim com você, ou você está sentindo coisas ruins, é natural que você deixe que esse sentimento lhe absorva. Mas eu não deixo.
O que eu faço é fácil, quando o sentimento começa, eu até que deixo ele entrar, porque sinto que não devo me negar nenhum sentimento, pois isso é o que faz da vida intensa. Porém, quando ele começa a entrar, eu não deixo ele me absorver, eu deixo ele tempo o suficiente para me incentivar a ficar bem.
Pode parecer um pouco complicado, mas vamos a um exemplo prático.
Se eu estou com raiva, eu deixo a raiva entrar, mas logo em seguida, eu vejo que não há necessidade disso.
Eu paro, eu respiro, eu penso e me acalmo. E entendo que é melhor ter coisas boas dentro de mim e ao meu redor, do que deixar que essas coisas ruins tomem conta de mim e de quem está ao meu redor.
Canalizar as coisas, é sobre poder transformar coisas ruins em sentimentos bons.
Canalizar as coisas, é sobre o poder de você conseguir entender você mesmo por inteiro.

Sobre corpo e alma:
A nossa alma não depende do nosso corpo, mas nosso corpo depende da nossa alma.
As coisas que nosso corpo sente vem das coisas que temos na alma.
Se aprendemos a ter nossa alma calma, teremos um corpo calmo. Teremos serenidade.
Todos os nossos sentimentos, tudo que sentimos no nosso interior, tudo que provém da alma reflete no nosso corpo de alguma forma, seja nossa postura mostrando isso, ou até a janela da alma, o olhar.
Para mim, ter uma alma boa, é sobre ter uma alma limpa, é sobre me encher de coisas boas, é sobre querer o bem, estar bem, bem estar.
Sobre nossa áurea:
Acredito que cada ser humano tem uma áurea, uma luz que ilumina, algo que vem de dentro e exala, algo que possa contagiar os outros e que influencie o local que a pessoa está.
Essa áurea é uma expressão da nossa alma, do que somos.
E a nossa áurea também é capaz de captar a áurea de pessoas ao nosso redor, como também do coisas, do local no qual estamos.
É através dela que recebemos e/ou doamos energias, sejam elas negativas ou positivas.
Sobre como podemos enxergar o mundo:
O modo como vemos as coisas ao nosso redor e como reagimos a elas só depende de nós mesmo.
Você pode facilmente se irritar com uma atitude de alguém, mas porque você só enxergou o motivo superficial, somente porque você não soube tapar seus olhos e enxergar além.
O modo como decidimos enxergar o mundo influencia em como nós somos, sentimos e fazemos.
Por isso sempre procuro enxergar o mundo com os olhos mais desarmados possíveis.
É você enxergar uma situação sem preconceitos, é você entender os motivos de uma situação sem sentimentos ruins.
Enxergar o mundo como ele é, é perceber detalhes, é ir a fundo. É enxergar beleza nas pequenas coisas, é não ter medo das coisas grandes, é ir além.
Sobre ter coragem:
Ter coragem é ter dentro de um si um senso de justiça, uma vontade de querer ir atrás.
É sobre ter vontades magnificas.
É como uma chama de liberdade que cresce e se transforma na vontade do querer e poder fazer mais.
Ter coragem é simples.
É sobre conversar com você mesmo, estar de bem com si e a partir daí querer que tudo ao seu redor esteja de bem também. Só.

E todas essas coisas transformam o seu mundo em um mundo diferente, transformam você é uma experiência ambulante de como a espiritualidade está dentro de nós e como somos responsáveis pelas coisas que nos acontecem, como o mundo nos influencia e como influenciamos o mundo.

Metade

Não espero que sua melhor amiga me entenda.
Na verdade, não espero que você me entenda. 
Não espero que entenda minhas tristezas e a minha solidão.
Os motivos porque me afasto de vez e tento fugir de vez em quando.
É que ainda há cacos de vidro no meu coração, que você mesmo os colocou. 
Existem coisas que eu prefiro passar sozinha, porque só a solidão há de me entender.
São coisas que eu sinto, e até as vezes me sinto vazia. 
Mas tudo isso porque se esforçam tanto para me machucar, que se esquecem de me entender.
E então eu prefiro fazer as coisas sozinha, ser sozinha, do que ser pela metade. 

quinta-feira, 27 de março de 2014

Despesas, desistir.

Amor é quando você gosta da pessoa, cuida, quer bem, mesmo ela sendo a pior pessoa do mundo. 
Amor é quando você ama alguém de todo o coração sem se importar com as coisas ruins que ela fez.
Amor não tem preconceitos, é amar de olhos fechados.
Paixão é encantamento.
Paixão é quando você se apaixona por alguém, por as boas atitudes da pessoa, até entende seus defeitos.
Paixão é quando você fica pasma por alguém, é quando há magia no ar. 
Eu te amo. 
Mas eu não sei se eu sou mais apaixonada por você. 
Não vejo mais aquele brilho, não vejo a magia.
Não vejo mais nada disso porque você roubou tudo isso de mim.
Você levou muita coisa e deixou muita dor.
Você me machucou como uma pessoa que ama não deve fazer.
Você me machucou como uma pessoa que cuida não faria.
Eu tento muito por nós dois, mas não sei se você ainda tenta por mim.
E nem sei mais se quero tentar.
Acho que estou desistindo.
Ou já desisti. 

Sentada despida, despedida.

Algumas vezes eu tive e tenho a sensação de que esse relacionamento está prestes a acabar, mas não é por minha culpa e eu também não quero culpar você. 
Não sei se foi o tempo, se foi o desgaste da distância, as brigas, o tanto que me machuquei. 
Eu ainda não entendi o motivo de eu sofrer tanto e ainda querer ficar. Talvez o certo seja ir embora mesmo. Amor próprio, sabe?! 
Você diz que me ama, mas você me machuca.
Você diz que se importa, mas não demonstra.
Mais uma vez estou sentindo por dois.
Eu prefiro sentir sozinha, por ninguém, por eu mesma. 
Há coisas que eu consigo abrir mão, já você não.
Então se você não está disposto a se doar para mim da forma que eu estou é da forma que eu fiz, eu sinto muito.
O seu entusiasmo não é o mesmo que o meu.
O término é questão de tempo.
Só resta a mim, então, esperar.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Sou

-Você vem pra cama hoje, amor?
-Não, acho melhor você dormir sozinho, e eu também.
Então ela pegou sua caneca com chá, ele pegou sua caneca com café. Ele foi pro quarto, ela ficou na sala. 
Ela se sentou no sofá, se aconchegou, tomou um gole de chá. Doce ilusão de que só aquilo a esquentaria. 
Passou a mão por seus cabelos cabelos roxos cacheados, colocou a caneca de lado, então cruzou os braços.
Começou a pensar em tudo, e é como se uma cachoeira começasse a jorrar, tomava conta de todo o seu corpo, e quando descruzou os braços e passou as mãos pelo rosto tudo que saia era saudades, dor, escorria, corria com medo e queria ir embora daquele corpo. 
E ela pensava como poderia amar alguém tanto assim, como aqueles olhos eram tão lindos, como aquela boca cheia de dentes sorrindo a encantava. 
Talvez fosse o jeito que toda vez que ele ia sorrir fechava os olhos e abria seguido de um sorriso, mas no meio de tudo isso ainda virava um pouco a cabeça. Tudo era o conjunto de avisos do brilho do sorriso que viria a seguir desses movimentos.
Talvez fosse o jeito que ele a abraçava, sempre bem forte, de olhos bem fechados para não deixar ela escapar nunca.
Ou talvez fosse o amor com que ele a beijava, como eram doces aqueles lábios e como o seu beijo tirava o seu fôlego.
Talvez como ele a beijava no meio de uma discussão e como era bom fazer amor depois de brigar.
Ou talvez como ele a fazia sorrir todas a manhãs, ou como sempre se esforçava para tentar arrancar uma risada dela.
Talvez fosse tudo o que ele é, o bom coração, o charme, o cuidado, o brilho no olhar quando ele olhava pra ela. 
E ela pensava como era difícil as partes ruins, desejava em silêncio que essa chuva passasse e que a cacheira levasse embora todas as coisas ruins.
Desejava que a tempestade não voltasse.
Enxugou a cachoeira, foi até o quarto só para ver como ele estava. Já tinha adormecido.
Chegou perto em silêncio, acariciou seus cabelos, deu um beijo em sua testa.
Sussurrou no seu ouvido:
-Me desculpa, é por nós dois.
Beijou sua testa, foi até a sala, puxou uma cadeira para perto da janela, observou a chuva caindo, a janela molhada, todo o barulho que fazia.
Ficou um tempo calada, depois decidiu abrir a janela, pulou.
Tentara cair no próprio abismo do seu coração, queria se salvar e achou que o melhor jeito era se afogar na chuva.
Pensava todo tempo "é por nós dois, quando eu voltar eu te resgato." 
Queria se salvar dela mesma e facilitar as coisas.
Para que tudo passasse achou melhor passar um tempo mergulhada na imensidão. 
Por eles dois. 

quarta-feira, 19 de março de 2014

Ciclos

O problema é que eu me preocupo demais
Me doou demais 
Eu amo demais
Eu sangro 
Transbordo
Evaporo 
Aí eu chovo de novo 
Volto de novo 
Quero de novo 
E amo mais 
Cuido mais 
Me desfaço em pedaços a mais
Só pra poder completar 
Os teus pedaços a faltar 

Carta de desculpas

Meu amor querido, me desculpe por estar sendo tão dura com você. Mas eu faço essas coisas por que eu te amo.
Eu já tentei lhe ensinar das formas mais carinhosas possíveis e você não conseguiu aprender. 
Eu estou fazendo isso por nós dois e talvez um pouco mais por mim mesma.
Eu não aguento mais sofrer, eu não suporto mais seus erros. Eu só queria entender o que te leva a fazer coisas assim.
Acho que é por que você nunca se viu vivendo coisas reais, sempre construíram um castelo de mentiras para você, posso até entender que a realidade seja um pouco mais dura. 
Mas meu amor, eu tenho deixar a realidade tão mais doce para você, por que você me retribui assim? 
Não estou dizendo que não há momentos bons e que você não me faz feliz, por que se assim fosse eu já não estaria mais definitivamente aqui. 
Quando eu peço que você pense você me aparece com erro novo, eu tento fazer de tudo, mas já não sei para onde recorrer. 
Se não der certo, nosso próximo passo é o fim.
Você não entende que não foi só de hoje, mas faz tempo que eu venho sofrendo com você e as coisas que te rodeiam.
Se eu estiver errando em algo, por favor me perdoe e se puder me diga o que fiz de errado, porém estou seguindo da forma que ainda dá para seguir. 
Meu amor, me desculpe, mas eu ainda me amo e espero que você consiga crescer. 

quarta-feira, 12 de março de 2014

Qual a cor da água que te molha?

Noite de trovão 
Também é noite de solidão 
É a noite do medo do barulho 
E o único silêncio é da goteira incessante 
É a menina de cabelos de fogo curtos
Cabelos molhados, corpo congelado 
Corpo frisado 
Falta de agasalho
Noite de trovão 
Tempestade tortuosa 
Cabelo agora cor-de-rosa
A água levou a cor do fogo que já cessava
A goteira que insiste em aumentar seu ritmo 
A água caindo como rio 
Tentando levar as impurezas que sinto 
A falta do que sinto 
Só sinto
Sinto 
Noite de trovão 
É vendaval lá fora
Bagunça tudo 
Desvia o rumo 
Não vai embora 
É noite tortuosa 
Tempestade de solidão 

domingo, 9 de março de 2014

Qual o tamanho do seu medo?

Algumas vezes me sinto ofendida, magoada, por que as pessoas são más, porque as pessoas são más?
Não é questão de preconceito, sexismo, machismo nem nada do tipo, é por injúria, é por que eu defendo o certo, mas tem gente que acha que o opressor está certo e tenta me matar.
Me matar na unha, com ar de revolta, como se fosse dono do mundo, dono da razão.
Quando eu não disse nada, só fiz minha arte. Só segui o que é certo.
E não sei se é fraqueza, cansaço. Mas é quando essas coisas acontecem que eu tenho vontade de deitar, me enrolar, dormir, me esconder no meu casulo e não sair mais daqui. 
Eu acho mais fácil lutar por causa maiores e menos doloroso, mas quando tento fazer o que é certo a um nível menor me vejo atingida por pessoas más que um dia pensei serem meus amigos. 

sexta-feira, 7 de março de 2014

FRUSTRAÇÕES

Eu me sinto frustrada. 
Frustrada quando vejo outras pessoas usando da sua pouca liberdade, liberdade que eu não tenho. 
Frustrada quando todos ao meu redor podem fazer coisas que eu não posso fazer, por que eu sou dotada de dois números. O número 1 e o número 6. 
Esses dois números juntos na respectiva ordem que forma citados me fazem menos responsável, menos cabível, menos adequada. 
Esses dois números me colocam em posição de coitada, de não admissível, de incapaz. 
E sempre vou carregar esses números em mim, e cada vez que eles mudarem, o meu significado para os outros e para sociedade vai ser mudado também, mesmo que eu não mude. 

quarta-feira, 5 de março de 2014

Desmanchando-se

Lágrimas não convencem ninguém. 
Lágrimas não comovem quando convêm. 
Lágrimas não fazem você ficar. 
Só o que fica é a dor e o desejo de que no meio do caminho você desista, que talvez você se lembre do meu sorriso e volte pra cá. 
Da próxima vez eu poupo minhas lágrimas, meus anseios. 
Já entendi de que nada adianta e que nada vai mudar. 
Da próxima vez eu guardo o sentimento, eu esmago, eu transformo em raiva.
Nada disso vale por eu me acabar, me desmanchar em mim mesma, em saudades, se nada vai fazer você voltar. 

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Olhos entreabertos

Existem sentimentos que são difíceis de serem compartilhados. Tem coisa que a gente só quer guardar pra gente, por que sabe que não adianta tentar explicar, as pessoas não vão entender.
Tem coisas que podem ser certas para gente, mas sabemos que não é para o outro, então não vale a pena compartilhar. 
Além do mais, às vezes não queremos chatear ninguém com nossas loucuras. 
E então você chega cheia de saudades, de um dia cheio, onde ao acordar já lhe chamaram pra trabalhar, imagina o resto. Quase meia noite e ele não te liga, não liga.
Como você deveria se sentir? 
Está dormindo. O que eu chamo de não se importar, ele chama de cansaço. 
Não vale a pena discutir. 
E todos aqueles sentimentos de saudades, faltas e desejos, tudo que você imaginou que seria perfeito para uma noite de sexta-feira com ele são destruídos por uma voz de sono e nenhuma mensagem ou ligação. 
Mas são coisas que você guarda para você.
Ninguém precisa entender. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Você chegou e tão pouco se demorou

E é aquele primeiro beijo.
Mas antes vem uma série de sentimentos, de emoções, que você não sabe se vai desmaiar ou vomitar, ou estragar tudo de uma só vez.
Vocês ficam naquela enrolação, e cada vez que vocês se olham um descompassa o ritmo do coração do outro. Acho que é por que eles tentam entrar na mesma sintonia.
Então chega o momento que um dos corpos se cansam, se cansam daquela brincadeira e querem conseguir o outro.
E em seguida há aquela troca de olhar desconcertante, algo que parece que não vai funcionar e quando você percebe seus lábios já estão tocando suavemente os outros lábios.
Seu corpo fica extasiado, seu coração dispara.
Primeiro você analisa os outros lábios, entende como devem se encaixar aos seus. Tudo suavemente e delicadamente. Mas depois que eles se encontram, depois que eles se conversam, se abraçam e se entendem o ritmo aumenta.
Assim os corpos que antes estavam apenas conectados pelos lábios fazem questão de estarem um pouco mais juntos, é quando você abraça, é quando os corpos se colam.
O corpo vai e vem no ritmo dos beijos, é como se a cada toque das língua o corpo levasse um choque e se erguesse sutilmente só para depois voltar, descer e puxar mais para si o outro corpo e carregar, transcender toda essa energia.
Quando o beijo acaba, os lábios se desconectam, mas a alma já está entrelaçada.
Os olhos permanecem poucos segundos após o término do beijo fechados, só imaginando que aquilo poderia ser feito para sempre e sempre.
Os mesmos olhos se abrem e a frente está o mais belo sorriso, e você sorri de volta.
Agora você já pode respirar, e você respira fundo na tentativa de recuperar o fôlego que lhe roubaram.

Antes tivesse só roubado isso, mas levou alma, levou coração, levou chão, se fez morada.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Querido, você deveria saber...

Eu estou aqui para falar de amor sincero, estou aqui para falar de verdades. 
Eu estou aqui para me abrir como qualquer outra pessoa teria medo.
Acho que não me sinto envergonhada ou amedrontada por que eu estou aqui para falar da coisa mais linda do mundo: o amor.
Eu não consigo entender como algumas pessoas conseguem tanto ter ódio das outras sem motivos aparentes, tão pouco como conseguem falar mal e se intrometer na vida alheia.
De gente que faz isso, de gente que me faz mal eu quero distância.
Coisas ruins a gente as ignora, é a melhor alternativa.
Mas e o amor? 
Para mim amor tem haver com casamento, totalmente! É união. É renúncia. É paz.
Amor para mim é ser dois corpos e uma alma só.
Eu acho tão lindo o jeito que ele me olha, como seus olhos brilham, o sorriso bobo, e aquela piscada de olho que vem depois do sorriso só para poder manter os olhos bem abertos e atentos ao meu rosto.
Eu acho tão lindo como ele me entende, como ele sabe dos meus costumes, como ele me compreende, como ele fica ao meu lado.
Eu acho tão lindo quando ele se redime, quando tem a humildade de assumir o seu erro e deixa eu o ajudar a seguir em frente.
O jeito que ele se abre comigo, quando ele não tem medo de seus sentimentos.
Como ele deixou eu entrar na vida dele, ou talvez eu que tenha entrado destruindo todas aquelas paredes que nos separavam.
Eu estou por ele, assim como ele está por mim.
É tão lindo como somos livre e por sermos assim fazemos questão de viver nossa liberdade um com o outro.
Não existem cobranças, existe o companheirismo, existe o querer o bem do outro, o almejar o melhor para nós dois.
Eu falo aqui de amor de verdade, de duas pessoas que se aceitam como são, D'eu e D'ele. 
A gente enfrenta qualquer coisa juntos e todos obstáculos que passamos só faz com que tenhamos mais força para continuarmos juntos, e é isso que faz uma união sólida. 
Eu acho linda as manias bobas dela, adoro quando ele age como uma criança na minha frente e é nesse momento que eu sinto que ele não tem medo de ser feliz e que ele quer compartilhar essa coragem comigo. 
Eu não entendo o motivo das pessoas quererem acabar com coisas boas assim, sentirem inveja e trazerem sentimentos ruins.
Sempre digo que se soubessem o quanto é bom estar em paz, todos cuidariam melhor da própria áurea em vez de falar da vida do próximo, em vez de julgar.
Defendo muito a liberdade e o amor. 
Para mim não existe certo ou errado quando se trata de amor, toda forma é válida. E por qual motivo não seria? Já pensou como é bom um abraço de quem a gente gosta? Não tem para quê negar esse sentimento para ninguém. 
Toda forma de amor é natural e se for sincera é pura.
Eu acho lindo o jeito que ele cuida de mim, como ele se esforça para me agradar, como me defende.
Ele é lindo só por ser ele, imagina ao me amar... 
Eu sou baixinha, segura, alternativa, neurótica, engraçada, independente, inteligente, tenho 16 anos.
Ele é mais alto, nerd, inseguro, tímido, mais caseiro, magro, calmo, sensível, e tem 19 anos.
Todo dia a gente aprende mais um pouquinho sobre coisas boas e tenta espalhar serenidade por aí. 
É sobre coisas boas de que se trata o amor. 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Tentando pintar a solidão

Acho o mundo se entristeceu ao meu redor.
Acho que as nuvens notaram minha saudade, até o vento me acariciou de forma diferente.
Estar em casa é bom, mas e quando sua casa não tem chão fixo, quando sua casa não tem endereço, quando sua casa tem nome e CPF?
Disseram uma vez que lar é onde seu coração está.
O meu coração está longe de mim, na verdade ele está em pedaços na minha mão. Nem sei mais...
Meu quarto está totalmente sem graça. Essas paredes brancas e grandes parecem com o vazio infinito da minha solidão.
Eu tenho que mudar esse quarto urgentemente! Não posso deixar que a tristeza me abale, tão pouco a mesmice, e mesmo longe de metas, pessoas, amor, meu mundo tem que ser pintado, colorido que nem os meus cabelos para amenizar as saudades que passo e passarei.

Está um pouco vazio em tudo que respiro, mas talvez a arte e a esperança sejam um bom remédio, será (?) (.) (...) 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Hold on

É incrível como você pode suportar meses, você pode segurar a maior barra do mundo, você pode ter paciência, você pode aguentar tudo que lhe jogam, mas as vezes ninguém pode fazer o mínimo por você. 
Eu deveria estar magoada, chateada, por entender que os outros não fazem o mínimo por mim, contudo estou apenas deitada, e é bom poder fechar meus olhos, escutar Led Zeppelin no volume máximo. Eu estou aqui por mim, por mais ninguém. 
Não estou pedindo nada a ninguém, nem a mim mesma. Só estou aqui. 
Incrível como você pode abdicar de quem você é só para ajudar aos outros, mas existe um "outro" que com uma chamada de alguns segundos consegue perder totalmente a cabeça. 
Acho que afinal não somos todos iguais e todos têm seus limites, alguns de uns meses, outros de alguns segundos. 
Mas de alguma forma, eu estou bem com tudo isso. 

Out of your own mind

Faz tempo que eu não escuto um bom rock, daqueles que não importa o quanto critiquem ou o quanto elogiem ele vai ser bom do mesmo jeito. 
Já pararam para pensar que música é questão de gosto? E que algo pode ser tão bom para você quanto não é para outra pessoa. 
Faz tempo que não sou eu sozinha, eu por mim mesma. Eu sem ninguém. Nem por ninguém. 
Eu realmente sinto falta da minha solidão.
Daqueles dias que eu saia de casa disposta a escutar rock, beber horrores e fazer o que bem estive disposta. Dias de se sentir viva. 
Estar com alguém, somente com alguém só vale a pena se esse alguém o fizer se sentir vivo.
Têm dias que me canso de todos esses dramas, é tão mais fácil conviver só com os meus dramas e minha própria solidão.
Acho que não tem ninguém que me conheça melhor do que eu mesma. 
Pode parecer estranho, mas eu sinto falta dos dias de escuridão.
Eu não sei dizer ao certo, mas aquela escuridão me traduzia de uma certa forma.
Eu saia de casa, não dizia nada a ninguém, bebia, ria, chorava, ninguém no mesmo chão que eu me julgava. Sempre voltava a beira da noite, mesmo bêbada eu podia contemplar o céu estrelado, esse nunca vai deixar de fazer sentindo para mim, chegava em casa e ia dormir com o mundo girando. Lógico que depois de um bom banho e de comer algo, ou até quem sabe de vomitar.
Teve dias que eu bebia até sozinha, já anunciei nesse quarto bebendo vodka e escutando Matanza. 
Acho que sinto falta mesmo é de beber. 
Demora um pouco para gente entender que têm coisas que fazem parte da gente. 
Então eu te aceito de volta, bebida.
Tem coisas que só estando fora de nós mesmos podemos entender. 

sábado, 11 de janeiro de 2014

Sobre coisas novas

Algumas vezes até as pessoas  mais corajosas e que sempre conseguem solução para tudo têm medo.
Medo de algumas pessoas, não propriamente delas, mas do que elas podem causar, do sentimentos ruins que elas trazem. 
Medo de tomar decisões erradas, de enfrentar por um bom tempo situações estranhas. 
A quem o novo não assusta?
Eu já fui novata em várias escolas, eu sei como é isso. Chegar e todo mundo ser estranho para você lá e você tem que tentar novas amizades, mas ninguém tem que te aceitar como amigo, assim como você não tem que aceitar ninguém como amigo. 
Mas você chegar em uma família nova é totalmente diferente. 
Você não tem uma causa maior, como por exemplo na escola seria estudar, amigos vêm por consequência. 
Quando você chega na casa de alguém e você é novato, sua única obrigação é ser aceita. 
E tudo isso assusta. Inclusive se há pessoas ruins envolvidas. 
Sair do conforto do lar não é ruim se você sabe que você vai para um lugar amigável, com gente que você conhece. Mas chegar em outra família já é totalmente diferente. 
Um dia eu vou ter que enfrentar esse medo, mas talvez não seja agora. Talvez. 
E isso não tem haver com eu me preocupar propriamente por aceitarem quem eu sou, mas sim porque eu estou indo com esse único objetivo. Não é acaso, é planejado. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Se demora

Toda vez que eu digo que eu vou embora eu só espero que você corra para perto de mim, me abrace e não me deixe ir. Acho que qualquer pessoa gostaria disso.
E é nessas horas de sufoco que eu espero que você me acompanhe e surpreendentemente você sempre está lá comigo, até mesmo quando eu não preciso, ou quando estou com raiva, ou insisto para você me deixar, sempre me esquecer.
E é esse tipo de pessoa que eu odeio, essa pessoa maravilhosa que você é.
Odeio o jeito que você me faz ficar apaixonada todos os dias por você.
Odeio esse seu jeito idiota, esse que me faz sorrir.
Odeio quando você me beija no meio de uma discussão. Onde você pensa que está? Em um seriado ou filme? Mas a verdade é que funciona, a gente sempre acaba bem.
Eu odeio mil outras coisas em você, mas talvez não seja tão importante assim.
Esses seus olhos, eu diria que são especiais.
Mas não são tão charmosos quanto sua boca, afinal ela é tão gostosa. Esses seus lábios...
Esse seu sorriso quando olha para mim, não precisa ser tímido.
Quer saber? Eu adoraria passar o resto da minha ao seu lado.
Simplesmente porque eu te amo.
Você é uma das melhores coisas que já me aconteceu.
Na verdade, somos um só e sabemos muito bem como levar isso.
Eu gosto muito do seu cheiro, ele acalma, tanto quanto seu abraço, tanto quanto sua voz desconcertante, tanto quanto você inteiro.
É bom saber que você tem alguém ali, para tudo.
Mas nada disso importa, vem só comigo, bem para longe, esquecer de todo mundo e ser o nosso mundo. Não demora, por favor.


Só não vai embora

Toda vez que eu escuto ''último romance'' me dá um frio na barriga, me falta um ar. Porque eu só consigo pensar em nós dois e sei lá, isso só me lembra quando você olha nos meus olhos, e abre essa sua boca carnuda e linda, e então me beija. E como eu perco o ar. Não são beijos comuns, é aquele beijo que me lembra por que eu sou apaixonada por você. Quando você me beija assim é como se eu me desfizesse inteira e saísse voando por aí, como se eu fosse parte do ar, do nada, do universo e você viesse comigo viajar por aí. E quando eu abro os olhos depois de tudo, eu coloco os pés novamente no chão e meu coração dispara só para me provar que eu ainda estou viva, que eu ainda estou ali bem na sua frente. E também bate logo aquele nervosismo, aquela tremedeira, e tudo que eu preciso é de seu abraço pra me segurar. E não me largar mais nunca.