sábado, 14 de fevereiro de 2015

Eu que não amo você

E se o universo por assim decidir que nos separe. 
E se o universo por melhor achar que nos traga de volta ao que éramos.
Como será possível dois corpos que se escolheram biologicamente, sim, produzíamos cheiros específicos para atrair um ao outro, o universo vir e bagunçar de alguma (pior) forma? 
Como pode ter sido amor ao primeiro beijo e fim até a última instância? 
Como funciona a intensidade se não é recíproca? 
Como culpar tudo menos a você?
Mas então não será você, e sim, o universo?
Afinal, tentativas de driblar o inevitável estão jogadas ao chão deixando um rastro do que sobrou da gente. 
Até onde eu tive culpa?
E o coração que bate na mesma frequência que o seu? Será um embate entre a consciência e o universo? 
E eu que não sei dizer adeus, tão pouco sei não amar.