sábado, 30 de março de 2013

E quer saber? Eu vou sair por aí e tocar o foda-se. Ser tudo o que eu não sou e simplesmente não fazer nada.
E eu não vou procurar ninguém, muito menos ninguém vai me ter.
Vou todos os cigarros esquecidos no passado e brindar o meu dia de amanhã.
E que ele não venha, não saiba, não me ame.
E que eu também esqueça das minhas dores, e nem se lembre das minhas felicidades.
Tanto faz chorar ou sorrir, eu só quero ser quem não sou por um dia.
Estão me culpando por ser quem eu sou,
Por acreditar nesse amor,
E por sentir o que eu sinto.

sábado, 23 de março de 2013

Não vale chorar todos os dias.
Não vale afundar-se em si mesma.
Em nome da moral e dos bons costumes estou sorrindo para todos que passam por mim na rua.
Estou recebendo carinhos a torto e a direito.
Estou doando abraços só para você.
Estou dormindo nos seus braços.
Beijando teus lábios, sorrindo com teus beijos.
Esqueci das coisas ruins da vida, das minhas preocupações, das minhas responsabilidades.
Eliminei os desprazeres e de prazer agora sinto os teus dedos na minha pele.
De amor eu não apenas vivo, eu sinto e sou.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Por todas as vezes que eu te perdi.
Por todas as vezes que você não me teve.
Por todas as brigas, as infelicidades.
Por todas as lágrimas derramadas.
Por todas as vezes que fiz drama.
Por todas as vezes que você diz que me ama.
Por todas as vezes que morri.
Eu não sei se é besteira minha pedir para você dormir comigo. Eu tenho certeza que não.
Você tem seus compromissos, mas não sabe pensar e dizer que ao voltar deitará ao meu lado.
Você apenas concorda quando digo que faço errado em te tirar de um compromisso. Quando na verdade eu espero que você me interprete e dê uma solução.
Você mesmo sempre diz que não é bom nessas coisas de sentimentos. Eu infelizmente concordo com você.
Que seja por essa noite perdida com insônia, que seja por essa noite perdida sem você.
Não tem problema, amanhã eu compro um maço de cigarro.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Achei interessante a solidão.
Peguei um maço de cigarro, coloquei bebida quente em uma garrafa qualquer e saí na noite fria, sem ninguém.
The Clash tocava ao fundo. London Calling era o que acontecia na minha cabeça.
A cada passo um pensamento diferente sobre o projeto de idiota que sou. A não revolucionária que não vivo. A filha ingrata que seria ao me tornar eu mesma.
Eu sou culpada das coisas que sinto e do que quero viver.
Cada tragada de cigarro me dava uma visão diferente do que o mundo se tornava. Nada mudou, só a tecnologia.
Minha condição de pensante me trazia o fato de que muitos lutaram e foram esses que morreram, não os que estavam no poder.
Hitler ainda é mais humano que muito empresário por aí, pois ele tinha um ideal e o seguiu... Não foi por dinheiro, não foi por poder, foi por acreditar numa raça pura. Sei que Hitler matou muita gente. E os que morrem todos os dias é culpa de quem?
Me sentei no chão, encostada na parede de uma rua escura da solidão. Bebi todas as verdades que me esquentavam e me rasgavam a garganta.
Entendi que nada do que faço ou tenho é real. Só à mim: o meu pensamento, meu amor. Só aos meus bens: a bebida, o cigarro, a roupa que trago ao meu corpo.
Escola, Estado, amigos, tudo falsário. A vida é uma mentira.
Já tragava mais um cigarro, já rasgava mais a garganta com bebida...
Quando eu vi passar todas as pessoas na minha frente, quando eu vi os mortos que vivem em casas grandes e nada tem. Quando eu vi o mendigo ao meu lado chorar sem ter o que comer.
Quando eu vi prédios se erguerem em meses, eu também vi famílias serem destruídas.
O empregado demitido por jogo de interesse, o marido bem sucedido que bate na esposa, a filha que chora por não ser magra.
Quando eu vi toda a verdade me entregaram dinheiro para comprar meu silêncio.
Quando não me calei perdi minha única chance, o cigarro e a bebida acabaram. Me acabei.

terça-feira, 19 de março de 2013

Complexo de inferioridade: um mal da mulher atual.

Toda mulher tem o complexo de inferioridade. Aquilo de achar que o cabelo não está bom, que está magra demais, gorda demais, que a casa não está boa.
Se olharmos isso pelo lado positivo poderemos ver que é uma ponte para o caminho do aperfeiçoamento, que em alguns casos nunca chega ao fim.
Se olharmos o lado negativo é ruim se sentir sempre insatisfeita com tudo.
Em alguns casos as mulheres por mais feministas que sejam e que se aceitem como são, apenas almejando o necessário, se sentem de vez em quando mal por isso... A mídia inconscientemente faz isso com todas impondo um padrão, e se impõe as mulheres, impõe aos homens também. É quando essa mulher não desperta o desejo nos outros como esperava. E boba que muitas vezes é, acha que o problema é com ela e não com quem "a julga".
Todas gostam de provocar reações boas. As que querem e são inteligentes procuram ser reconhecidas com isso. E seja no âmbito que for, quando não acontece esse reconhecimento começa essa loucura pela busca da perfeição.
Isso tudo que escrevi foi apenas para me sentir melhor quanto ao que eu sou e entender de uma vez por todas que idiotas são os que não reconhecem o meu melhor e não eu que tenho que melhorar. Talvez eu melhore.
Ele veio aqui em casa, me puxou pra tomar banho de chuva, bagunçou meu cabelo e disse que eu estava linda. Nos beijamos no meio da chuva e corremos um atrás do outro, brincamos de ser feliz.
Quando nos cansamos de brincar ele entrou comigo para casa, pegou uma toalha pra mim e me enxugou, se enxugou também. Tiramos nossas roupas e fomos dormir juntos debaixo do cobertor. Ele não me soltava e me protegia até mais do que eu merecia. Ele me fazia.
Eu tenho pena dessas crianças que são mimadas de forma exagerada. Eu tenho pena dos pais por acreditarem que fazem a coisa certa.
Essa mesma criança que tem tudo e responde de forma bruta os pais, é a que quando crescer vai beber e sair em alta velocidade por aí e quem sabe matar alguém "sem querer".
Essa mesma criança é a que não vai pensar duas vezes antes de trair seu parceiro.
Essa mesma criança é a que vai trair os pais só para ter mais dinheiro ou se livrar das inconveniências que os velhos trazem.
Essa mesma criança não vai saber amar, não vai saber o que é amor.
E não vai viver, vai matar e nem vai morrer, pois ela morreu na infância e entendeu que a vida não existe e não tem um por quê.

domingo, 17 de março de 2013

Eu odeio me sentir uma criança, me sentir frágil, entender que minha vida a todo instante está por um fio só por eu não aguentar o que sou e o que sinto.
Porque se eu dissesse a eles toda a dor que eu sinto eu me tornaria mais uma chata melancólica, uma idiota romântica, e não seria levada a sério. Ninguém gosta de ver ninguém chorar, não é por ser humanitário, é por quê os outros chorando são chato demais.
Se eu dissesse a eles todas as minhas dores ninguém me aguentaria, me abandonariam e isso só me traria mais dores.
Eu vou derramar todas as lágrimas que terei de derramar, eu vou me cortar e doar todo o meu sangue para você.
Eu vou entender que se não consigo te fazer feliz eu não sirvo para mais nada.
Eu vou entender que se não cumpri meus objetivos eu não te mereço, nem ficar aqui, não adianta nada do que eu fiz antes, mais nada.
Eu só quero que minhas dores siga o caminho que meu sangue faz ao sair de mim, que a dor física seja menor que a dor que eu sinto aqui dentro. E que nada mais funciona ou faz sentindo para mim. Afinal tudo aqui dentro apenas dói e eu não consigo parar de chorar.
Todos somos sacos de vacilos ambulantes, erros acumulados e não reparados que nos trazem olhares e conversas não agradáveis.
Eu descobri hoje que eu posso fazer quantos exercícios for, andar por as mais belas paisagens, rodar bicicleta com borboletas te acompanhando, que isso tudo pode até tirar minha raiva, mas a mágoa de quem me deixou assim e não fez nada para mudar não vai sair de mim.

sábado, 16 de março de 2013

quinta-feira, 14 de março de 2013

Nada vai me pagar ou tirar esse momento de mim. Bons amigos, dois violões, uma noite bonita e você no coração.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Troco um beijo por um gole de cachaça. Quem me dará a liberdade de apenas sorrir sem pensar em nada?
Só posso estar fadada a relacionamentos complicados, a buscar coisas difíceis, a sofrer mais do que ser feliz.
Eu devo ser uma das pessoas mais fortes que conheço, lágrimas não representam fraqueza, a dor que levo é maior que a da solidão.
Todas as decisões que tomo e as coisas que eu faço, são meus fados, os carregarei para sempre.
Talvez eu devesse fugir de tudo que sou e do que tenho e ter uma vida nova. Mas é aí que eu sou quem eu sou... Eu penso mais nos outros do que em mim, eu não tenho coragem de ser egoísta, de abandonar ninguém, nem de coisas do tipo.
Por isso sigo nessa estrada errante, que por mais que eu saiba de toda dor que levo e a de que há de vir, é a única estrada em que eu posso fazer os outros felizes e assim tirar um pouquinho dessa alegria para mim. O necessário para não morrer apenas de dores.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Um dos segredos da vida é saber tirar o melhor de qualquer situação.
E dessa situação e irei provar se o amor verdadeiro resiste a tudo e dura para sempre.
No fim de tudo ou serei a mulher mais feliz do mundo por amar e continuar com esse amor apesar de tudo ou se seria a mais infeliz de ter me enganado por todo esse tempo.
Terminar e começar coisas, isso é extremamente difícil, tomar decisões por si só é complicado.
Abrir sua mente para coisas novas quando se trata de amor é amadurecimento. Insegurança e dor pela felicidade do outro é consequência.
O certo é tomar decisões e pensar a curto prazo, não se preocupar tanto com o amanhã e viver um dia de cada vez.
Baixar a cabeça no meio da aula e se encher mais de dúvidas. Esse é o preço que se paga por saber pensar.
Escorrer uma lágrima do olho direito, bem mansinha... Se soubessem todas as dores que aquele coração levava, chorariam também só de olhar para aqueles olhinhos.

sábado, 9 de março de 2013

Beber para preencher o vazio que você me traz, por quê sabemos que vivemos ilusões e não somos completos da forma que somos.
Descobrir todas as tristezas que a falta de você ao meu lado me proporciona e liberar tudo de uma vez.
A cada gole de bebida entender que pode durar mais meses, mais anos.
Saber que dessa forma não é vida, não é fogo, é só o começo de uma chama...
Entender ao fim de tudo que mesmo com meu mundo girando, minha cabeça enfiada ao sanitário vomitando tudo que eu não tive coragem de te dizer. Vomitando todas as tristezas que escondi para não te ver sofrer.
Ninguém deitou ao meu lado.
Ninguém olhou nos meus olhos disse o quanto eu era bonita e me beijou.
Ninguém me amou da forma que sou.
Ninguém suportou meus dramas.
Ninguém me viu dormir ou me acordou com beijos.
Nem eu fui feliz.
Isso não é uma crônica, um conto, uma dissertação. Isso é apenas um desabafo, por que o papel me entende mais do que muita gente...
É difícil para mim saber que é mais importante "o brincar" do que eu ser homenageada. De que mais vale faz os outros rirem e se sentir melhor por ter feito algo legal, do que eu sorrir por uma semana inteira com algo sentimental sobre mim público.
E mesmo que se eu falasse algo para mudar, não seria levada a serio e medidas extremas seriam sido tomadas imediatamente. Não adianta...
Obrigada pela atenção, papel. Por não me julgar, por não dizer que vai fazer nada por isso. Só por me escutar.

domingo, 3 de março de 2013

E nesses fins de um domingo a tarde, com o sol sem nem me olhar direito e o vento insistindo em bater na minha cara.
É nesses fins de um domingo a tarde que eu sinto mais sua falta.
Poderíamos estar abraçados sentados no fim da minha casa, onde fica as plantas e ficar olhando o céu.
Ou poderíamos pegar nossas bicicletas e assistir o fim da tarde na parte mais alta da cidade.
Poderíamos escutar Cazuza, rir das nossas besteiras e ser feliz.
E nesse fim de tarde de um domingo, sozinha eu morro.