terça-feira, 20 de setembro de 2016

Apenas tentando respirar para não perder o pouco de oxigênio que mantém sua sanidade

Era engraçado como todos aqueles sentimentos se confundiam, como enchia o peito, até mesmo sufocava, não de uma forma agonizante, mas da forma necessária para escorrer em lágrimas todas aquelas ondas de calor causadas pelo medo, ansiedade e desejo. 
Quantos sentimentos podiam caber em um único peito? 
Pela primeira e real vez entendia que estava apaixonada. 
Sinceramente. 
Honestamente. 
Profundamente. 
Precisava respirar fundo para entender o desespero de estar entrando em uma estrada sem volta. 
Conhecia os riscos. 
Tão estranho a aquele coração escondido que sentia como se fosse a primeira vez. 
Assustador como tudo isso tomava conta daquele pequeno peito, apertava. 
Lembrava das loucuras que fez outrora e agora se dava conta da dimensão de todas suas atitudes. 
O coração batia num ritmo acelerado. Assim como a primeira vez. 
Era a primeira vez. 
Pensava que tinha perdido o jeito para tal coisa, quanto mais pensava mais perdida ficava. 
Sentimento é reciprocidade. 
E se não for? 
E agora? 
Será? 
Já era.