quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Talvez nós dois sabemos

A morte é iminente a todos, morrer todos os dias pode até ser uma opção, mas para alguns é destino. 
Quantas vezes eu já não chorei a noite inteira e no outro dia com os olhos inchados justifiquei que era só sono. 
Quantas vezes eu já não desejei que tudo aquilo acabasse de uma vez, que pudesse passar logo. 
Quantas vezes eu não prefiri me machucar de alguma forma, simplesmente por querer substituir a dor emocional pela física. 
Eu sempre li muito, desde criança, até livro de Machado de Assis eu tentava ler com um dicionário do lado. Histórias de aventura e de amor sempre me encantaram. 
Nas minhas brincadeiras eu sempre era uma princesa guerreira, nunca aceitava ser a indefesa, no máximo me fingia de indefesa para pegar o malvado. 
Fui doutrinada no cristianismo e sempre levava os sermões da missa a sério, sempre tentei fazer a coisa certa, em seus moldes.
Depois troquei a religião pela filosofia, mas não deixei de querer fazer a coisa certa, só sabia que agora nem sempre o que me ensinavam era a coisa certa. 
Sempre acreditei na bondade das pessoas, também acredito em segundas chances, ou em alguns casos, várias chances.
Quando eu era criança eu prestava atenção nos meninos, principalmente quando eu viajava, o que eu fazia muito. Sempre tentava fazer novas amizades, sempre achava que nessa nova amizade eu podia encontrar o grande amor da minha vida. 
Sim, eu achava que eu ia esbarrar por ele por aí, mesmo sendo uma menina com menos de 10 anos. Eu via no amor uma coisa bonita e extraordinária, o amor como aprendi sempre me encantou. 
Sempre acreditei tanto no amor que saía por aí sempre inventando algo para homenagear meus amigos, as pessoas que amava. 
Até que encontrei quem amar, sempre me doei, sempre tentei fazer o melhor, que as coisas dessem certo, mas elas sempre desandavam.
Por não entender o motivo de eu sempre sofrer, quase sempre de formas parecidas, encontrei o destino como razão e prefiro pensar assim, me conforta ter ao menos uma explicação do que nenhuma.
Eu acho que não consigo culpar o amor pelas penitências que eu pago ao sentir ele, acho que isso tem mais haver com as pessoas mesmo. 
Eu sinceramente, e digo isso com lágrimas não mais nos olhos e sim já jogadas pelo meu rosto, só queria que as coisas dessem certo para mim, que o amor que eu pensei viver acontecesse, que eu chorasse menos.
Eu não sei, eu sou uma pessoa muito magoada, se pudessem me abrir veriam as cicatrizes que levo, não são poucas.
Tudo isso me sufoca muito, não é pouca coisa. 
Eu me sinto perdida dentro de mim mesma, mergulhada nessas coisas ruins que eu sinto.
Eu não consigo sair daqui e não quero aceitar ajuda de ninguém, pelo meu histórico isso nunca acaba em coisa boa.
As coisas simples me atingem de uma maneira forte, eu acho que estou muito fraca para encarar o mundo que tem por aí, pelo menos se o mundo se tratar de amor.
Eu consigo perdoar, mas jamais esqueço das coisas ruins que me disseram.
Eu sou complicada.
Sinto muito por tudo que sou. 


domingo, 16 de novembro de 2014

Estou me sentindo igual ao meu cachorro quando corre demais: cansado, por mais que o puxem não quer sair do lugar e se levanta só por dois motivos: ou para ir para grama (que é um lugar confortável) ou para voltar para casa.

Nem é tudo que eu tenho para dizer, nem chega perto do que ainda tenho para falar

Relacionamentos são complicados e como os que vivo pior ainda.
Mas tirando essa roupa, essa carcaça, sim, pois cresce uma carcaça com as coisas do dia-a-dia, elas pregam na gente, essas coisas ruins, essas pessoas ruins, tudo isso influi no que fazemos e dizemos. Enfim, tirando tudo isso, a gente ama um ao outro tão puramente.
O amor por si só, na sua forma bruta é simplório.
Porém como o homem é que detém o amor, ou mesmo que o amor detenha o homem, o homem é complicado, e faz questão de se deixar levar pelas coisas que lhe pregam no dia-a-dia, tornando consequentemente o amor complicado.
Eu só queria poder saber lidar melhor com essas coisas, poder tirar essa carcaça ao final do dia, ou até mesmo não deixar essa sujeira acumular.
Me desculpe por não conseguir ainda me limpar das coisas ruins como deveria.
Só saiba que eu te amo da forma mais pura e gosto de te amar.
Eu gosto de quando estamos em paz.
Então volte para mim da forma mais simples que puder, assim eu voltarei para você da forma mais simples que posso.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Homem é tudo igual

Eu tenho um namorado e homem é tudo igual. 
Por diversas vezes eu passei a mão na cabeça dele, entendi os dramas masculinos dele.
Por diversas vezes eu deixei ele a vontade, não pedi as coisas pra ele. 
Quando comecei a pedir não adiantou de muito não, mas mesmo assim insisti. 
Nada de mudança.
Homem se esconde por trás dos privilégios que a sociedade o dá. 
Homem mimado é pior ainda.
Homem não tem a coragem que uma mulher tem, não enfrenta o mundo como uma mulher enfrenta.
Homem é opressor e se faz de vítima, é lobo em pele de cordeiro. 
Homem faz as coisas erradas e ainda quer ter razão. 
Homem fode a mulher e ainda quer redenção. 
Por isso que estou trocando meu namorado por outra mulher. 
Pois homem nunca aprende a lição.
E eu não estou afim de esperar que homem para de ser homem, que expresse seus sentimentos, que me entenda, que não seja machista.
Estou indo em busca do que é melhor para mim. 
Companheira entende companheira.
Seria uma pena se eu não sentisse pena de nenhum homem. 
E que seja pena então. 

Assinado, 
                Rebeca.