domingo, 30 de junho de 2013

Evidências

E do que eu entendo sobre o amor?
Ah! O amor...
Eu entendo de me doar, dos sofrimentos, dos sorrisos.
Do amor? Cheiro agradável, calor.
Entendo do seu cabelo bagunçado, do seus óculos perdidos, de vestir tua roupa.
Do amor? Sorriso entre beijos.
Entendo das nossas brigas, das chateações. Mas eu entendo bem melhor de eu deitada no seu peito.
Do amor? Ligações "inconvenientes".
Entendo da confusão que sou e todo dia você tenta arrumar, das divergências.
Do amor? Doação.
Entendo das salas, dos quartos, dos banheiros, das cozinhas, dos cinemas, da praia, do hospital, de colchão jogado em um quarto estranho, de um outro quarto estranho.
Do amor? Beijo roubado em público.
Entendo de sorrir sem motivos, das bochechas doendo, de almoçar juntos, de jantar juntos, de tomar café-da-manhã juntos, de dormir juntos.
Do amor? Carícias. 
Entendo da imensidão, do nunca acabar, da infinidade.
Do amor? Saudades.

Correr de mãos dadas por todas as ruas da vida.
Desenhar nossa própria lua, ao sorrimos criarmos nosso próprio céu estrelado com  o brilho de nossos olhos.
Nos esquecermos na imensidão da escuridão, na noite.
Dançar ao som do vento, nos abraçarmos e sermos um só.
Nos beijarmos pela sobrevivência dos nossos desejos, infinitos.
Tirar o sapato e subir em algum prédio, ver a vida de outro ângulo.
Andar sobre uma corda bamba, cair dela com um guarda-chuva, cair em seus braços.
E então começa a chover, fechar o guarda-chuva, jogar tudo pro ar, pular nas poças d'água só para te molhar e fazer birra.
Que tal dançarmos mais uma vez? Dessa vez a gente se joga numa cachoeira.
Nadar até nos encontrarmos, tão perto, tão nós.
E assim, colorir o céu, sua boca, sol, raio, beijo.
E que a tinta nunca acabe, tão pouco a loucura, que assim nunca falte felicidade. 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Para não morrer sufocada...

Eu escrevo para não chorar, ou para chorar pelo papel.
Eu escrevo para sobreviver, para tirar de dentro de mim tudo que me corrói, que tenta me matar, tudo que me mata.
Eu deveria ficar sozinha por um tempo e provavelmente eu me mataria, mas e daí? Se eu morro às vezes, quase que todo dia.
Eu não consigo me acostumar com um relacionamento amoroso, eu não me encaixo como deveria.
Eu parei de acreditar nisso há tempos e você foi o único que me fez acreditar, mas como acreditar novamente em algo que era para sempre e simplesmente acabou?
Me diz o motivo de eu não ter voltado atrás.
Me explica quem eu sou, para onde vou e por que fiz. 
Me explica por que eu sofro tanto e nada nunca parece se encaixar comigo.
E quando eu estou perto eu gosto e distante tanto faz.
Qual essa minha necessidade de quebrar sempre tudo ao meio, e a qual fim eu quero chegar? 
E de todos os sentimentos que guardei, será que existe a possibilidade deles oxidarem?
Eu finalmente consigo tudo que sempre sonhei e você está aí, alheio a tudo, alheio a mim.
E todas as pessoas, de todas as vidas, eu vou ser sempre a menina que luta, que grita, mas se sente deslocada e prefere estar em um mundo só dela. 
(E isso tudo são tentativas de sobrevivência) 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O povo saiu da zona de conforto, talvez não totalmente, mas em partes, pelo menos foram as ruas e gritaram o que queriam.
Críticos poderiam e disseram que muito desses jovens não sabiam o motivo de estar ali, ou que era sempre a mesma coisa: saúde, educação. Quer motivos maiores que esses? E desde quando ter jovens que acabaram de sair da zona de conforto e ainda estão perdidos é ruim? 
Vocês são muito pessimistas, não chegam nem a ser realistas.
É de suma importância cada cabeça "vazia" que se encontra gritando nas ruas. Será mesmo que eles iam perder o tempo deles para não pensar nenhum pouco na realidade brasileira?
Esses mesmos jovens estão sendo bombardeados o tempo todo por verdades, seja na rua, seja no facebook, seja na internet no geral.
Será mesmo que nem 1% eles conseguiram absolver? Eles nunca entraram numa sala de aula por acaso? 
Enquanto os críticos intelectuais ficam xingando esse tipo de jovem, eu venho aqui os defender. 
Estar nas ruas é um grande começo.
Mente vazia: oficina do diabo(TV)?
Não! 
Mente vazia na rua: oficina anarquista libertária. 
Vale salientar que todos os protestos do Brasil não houve uma liderança, todos somos governados por nós mesmos, todos somos vez, todos somos voz. 
Será mesmo que nenhum deles parou para pensar? 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Mas não éramos nós que iríamos juntos ao show do Matanza?
Mas não éramos nós que nos conhecíamos tão bem em qualquer âmbito? 
Mas não era você que sabia fazer piada de tudo, só para me ver feliz?
Mas não éramos nós que não nos separaríamos nunca?
Mas não éramos nós que alcançávamos o perfeito e o inquebrável?
Mas não éramos nós que tínhamos promessas e juramentos?
Mas não era você que deveria me fazer feliz? 
Era, não é mais, mas será?

domingo, 23 de junho de 2013

Dizer "eu te amo" nunca foi tão difícil e sufocante, nunca foi tão desesperados, nunca me tirou tanto o fôlego ou me deixou tão nervosa. Parece que tudo ia desabar e aquelas palavras que pareciam tão simples mexiam comigo e era tão complicadas de se dizer.
Eu tenho medo e não há motivos para omitir. 
Ninguém nunca cuidou tão bem de mim, nunca ninguém me fez me sentir tão feliz e nunca ninguém tirou todas as culpas do passado que eu carregava como fado junto a mim.
Eu estou assustada, pasma.
Se tem um momento para eu ter uma crise de asma o momento foi esse ao dizer um simples "eu te amo".
Mas não é por dizer, não é pelo sexo, talvez até seja um pouco, mas é acima de tudo por ter tido paciência comigo, por ter dormido num corredor de hospital enquanto eu estava doente, por ter me carregado no colo quando eu estava com febre, por te escutado todos os meus casos e descasos de amor, por ter me compreendido quando eu chorei, por sempre deixar eu escolher o que era melhor para mim, por ter enxugado minhas lágrimas em meio ao filme de romance, por ter dormido comigo enrolado em uma bandeira, por ter corrido mesmo com sede e com a perna doendo e passado por vários policiais quando íamos para o protesto, por ter gritado comigo no protesto, por querer me defender do meu pai, por querer tirar todas as minhas dores, por me fazer feliz.
E talvez isso que disse seja apenas a forma de gratidão, de tanto amor, de tanta bondade, de tanto colo, de tanta compaixão.
Talvez isso apenas seja o meu coração batendo numa arritmia dizendo onde e em qual lábios eu devo morar. 
E se aqueles lábios não forem minha casa  ou simplesmente optarem por não ser?

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Tão natural quanto o próprio amor.
Sem pressa, sem vexames, apenas sendo levada pelo momento, pelo vento.
Uma música boa, só faltava a bebida, mas quem liga quando se tem tudo aquilo ao seu alcance?
De repente nada mais nos pertencia, nem nossas roupas, nem nossos corações, nem nossas vidas, nem nós mesmos.
E como se não bastasse teríamos que sermos apenas um, no vai-e-vem dos desejos, nas trocas de olhares, em cada beijo. 
É o deslizar das mãos pelas curvas, dos lábios nas linhas, da língua na pele, de uma visão imergida a uma emergida, de uma boca aberta a um gemido.
Talvez fosse tão gostoso quanto o gritar, tão delicado como o abraço, tão doce quanto o chocolate.
E seguir se doando é tão mais fácil, e tão mais fácil também seria fingir que nada isso foi como todo dia será. 
O egoísmo nunca pareceu tão bom e satisfatório.
Deitar em um peito nunca foi tão aconchegante.
Sorrir entre os beijos já é de praxe.
Ser feliz e completa é que bastaria.

domingo, 16 de junho de 2013

No começo eu sentia muito ódio de você, eu só queria te xingar e bater em você. Eu mesma fazia questão de te matar.
Tudo porque você desistiu de mim. Isso é verdade.
Doa a quem doer, você desistiu de mim. 
Eu fiz pelos dois e te mal acostumei, por isso também sei que é culpa minha.
Eu tentei te ensinar que as soluções não são para amanhã, mas que eu sobreviveria de esperanças e que nem todo problema sou eu que tenho que resolver. 
Mas como tudo já está feito e você não pode fazer nada e nem pensou em me dar soluções para depois, me vejo agora mais calma.
Deixa ser como está...
Te joguei para o mundo, você se jogou para o mundo e de alguma forma você vai ter que aprender agora. 
E eu vou seguir minha vida, vou viver outras histórias que já imaginei e as que me surgirem. Vou bem na calma, vivendo um dia de cada vez e agora o que sinto em relação a você é paz. Isso mesmo! 
Eu estou bem em relação ao que fomos, por mais que eu sempre digite mil mensagens para você, eu não envio. Só digito para me aliviar.
E dessas saudades que trago das nossas épocas boas, eu quero vibrar paz. Não quero mais chorar.
Eu vou sorrir ao lembrar das nossas melhores épocas e mesmo sem que você saiba eu vou cuidar de você.
Pois no meu pensamento todas as noites, te zelo e te guardo e que você fique bem. 
Se você não aprendeu comigo, então que a vida te ensine.
O meu mais doce beijo e o meu mais suave adeus. 

sábado, 15 de junho de 2013

A vida está me confortando, está me mostrando que eu posso ser mansa e calma. As coisas podem acontecer aos poucos e irem devagar.
A saudade vai bater, mas eu vou superar.
Um outro alguém irá me ligar e mostrar o meu real valor.
Talvez nem me abandonará.
Levará também mansinho, não soltará minha mão, não me deixará sozinha por nada.
Eu também dormirei em seus braços e terei algumas certezas que eu nunca tive.
A certeza que tudo dessa vez está calmo, tão calmo que não me reconheço, mas não há mal em ter um pouco de paz.
De tudo que vejo da vida são palavras. De tudo que me acontece são meus textos e são músicas.
Minha vida é o meu livro, o mais dramático e problemático possível.
De todas os capítulos que escrevi, e das noites que escondi, me vejo agora sozinha, nem mesmo estou só.
Da vida o que levo são lembranças, ensinamentos, e dores para que eu não esqueça o que eu tenho que realmente dar valor.
E do amor? O que eu levo? O que eu pretendo levar?
O amor é a coisa mais linda que alguém pode ter na sua vida. Eu desejo do fundo do meu coração que você possa amar alguém um dia... Vai doer, mas mesmo assim é lindo.
E o que me importa agora estar falando isso? Eu estou sozinha. Mas que saudades que eu sinto daquele nó na garganta, daquele frio na barriga e a expectativa de que o que eu vá falar seja certo.
Procuro aquela falta de fôlego ao falar desse alguém especial. E chorar ao ouvir músicas românticas.
Amar é tão bom...
Mas ele foi embora, e eu o deixei ir. Se ele não aprendeu comigo, ele vai aprender com a vida. Nada na vida é só o amor.
Eu não me sinto satisfeita, não acho que tenha acabado. Acabou um capítulo, vai ficar esquecido por um tempo por o meu próprio bem, mas quando ele aprender o que tiver de aprender e se for para ser, continuaremos o nosso capítulo.
E a vida me mostra como ela é mar, como ela me leva e me traz, como ela me leva coisas e me traz lembranças.
E que depois do horizonte, existe um lindo pôr-do-sol, e então, vamos assistir juntos?

quinta-feira, 13 de junho de 2013

As coisas entre a gente acontece tão naturalmente que não precisamos fingir ser mais nada, somos apenas nós mesmos. Nos encaixamos tão bem que quando dormimos juntos parecemos uma só pessoa. E ao acordar é sem dor, sem braço dormente, apenas cabelos bagunçados, carícias, beijos e abraços. 
Talvez esse chá me esquente e talvez escutar "Equalize" que por tantas vezes eu tentei cantar para ele e ele me ignorou não seja tão bom para parar essa cachoeira.
Talvez eu ter ido me despedir dos amigos dele não tenha sido uma boa ideia, ou até mesmo ter visto aquela foto de gente que está perto dele e eu não.
Eu tinha superado tudo tão rápido, era tudo tão simples e eu estava sorrindo.
Mas simplesmente agora eu me encontro sozinha e desesperada.
Eu não vou mentir para mim.
Para todo mundo ele pode ter sido o maior babaca do mundo, ele poderia ter feito bem mais por mim. Mas que droga!
E quem sou eu para esconder o que eu sinto? Quem sou eu para dizer que não amo aquele filho da puta?
Mas que caralho!
Eu fiz de TUDO. 
Mas por que será que não deu certo?
Por que ele não fez mais por mim?
Eu não teria precisado abraçar outro alguém e sorrir dizendo que estava tudo bem.
Eu não estaria aqui esperando meu chá para me lembrar da minha solidão.
Mas que se dane.
Feliz dia depois do dia dos namorados.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

É involuntário, o rosto fica corado de desespero. As lágrimas que ainda estão tímidas, mas aposto que se me abraçassem ela se mostrariam. 
Mas que diferença faz um leite quente para me confortar...
Nunca aceite pedidos de namoro em dia dos namorados, NUNCA!
E principalmente se vocês estão acabando nesse mesmo dia. Quem diria que esse amor tem prazo de validade;
Eu nunca menti, eu sempre disse que ia lutar até o fim, eu fui, eu fiz mais do que eu podia, eu me doei por inteira, no final eu amei por dois.
No começo tudo são flores e depois das flores o que me vem? As verdades de como a outra pessoa é. 
Eu tentei deixar um pedacinho de mim ali, mas que bobagem minha se eu tinha me deixado por inteira. E para resgatar-me só me resta um abraço, uma caneta e um papel, me resta as dores que aqui escrevo e a esperança de que tudo vai ficar bem.
Mas que diferença faz um leite quente para me confortar...
É complicado quando você move o mundo e a pessoa se justifica dizendo que não pode fazer muito. Mas que bobagem! Você sempre conseguiu tudo que queria, então o outro deveria conseguir o mesmo ou mais.
Nem todo mundo é tão corajosa quanto eu, caro leitor.
Até mesmo na dor eu vejo beleza, mas que esse tipo de beleza não permaneça e eu encontre meu verdadeiro valor em outro alguém.
Mas que diferença faz um leite quente para me confortar...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Em cada passo pela praia, esse vento esbarrando nos nossos lábios, nossos lábios em conjunto descobrindo como é gostoso o vai-e-vem do mar, o vai-e-vem de nossas línguas, nossas línguas que se saúdam e são tão doces quanto salgadas, feitas e encaixadas, mas eu olho de novo e é só o mar.
É o "eu quero te assumir, mas vá embora".
É o "eu te odeio, mas não solta minha mão".
Te odeio por todas as coisas que me faz sentir, assim como minhas bochechas vermelhas ao sorrir para ti.
Assim como os dedos entrelaçados sem jeito, ou as mãos errantes naquele escuro cheio de gente. Como a boca entreaberta, e o ofegar no ouvido. 
Assim como tudo acontece e tudo vai-e-vem, sem pedir licença, ou sem mais julgamentos, sem nenhuma pressão ou os motivos de estar ali.
Mas eu olho de novo e é só o mar.
Incrível como minha concepção de perfeito tinha mudado. Tudo que eu acreditava e gostava agora tinha se mostrado o oposto. Tinha um sorriso perfeito, aliás tudo era perfeito, inclusive os dedos, tocavao perfeitamente violão, a voz, cantava as melhores canções.
Odeio gente que me conquista assim, tão facil, só de sorrir, só de olhar. E agora para onde ir? Viver um romance breve? Ir embora e evitar? O simplesmente o amar?
Essa é a graça da vida, descobrir que você estava errada o tempo todo e que as coisas podem mudar de uma forma maravilhosa. 
Vai logo embora!
Me abandona, mais do que já estou. 
Nem coragem você teve de dizer "adeus", eu que tive que ir lá e fazer tudo. Começar e terminar.
Bate logo na minha cara e depois me beija.
Faz eu te odiar, depois te amar, então me deixa.
Mas um segundo depois acha que deve voltar e que tudo era como antes, quando na verdade você não sente mais as mesmas coisas de antes.
Mas que começo não são flores?
E todas as flores que te mandei? E todos os esforços que eu fiz?
Vai embora!
Pode bater na minha cara que eu já não ligo.
Não me importo, não quero.
Te odeio, tanto quanto gosto de ti.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Eu estou decepcionada. Eu sei que criei expectativas e como diria um livro que eu li "Quem cria expectativas se decepciona", mas quem não cria expectativas sobre a própria vida? 
Você, meu caro leitor, meu amigo pessoal que sempre lê as besteiras que aqui escrevo, com certeza vive fazendo plano e imaginando da melhor forma possível o seu futuro.
Eu não sei se existe vidas passadas e se existe, acho que fiz algo de muito ruim para estar pagando tudo nessa vida, já que os espiritas afirmam "Aqui se faz, aqui se paga", devo ter sido muito filha da puta. Se bem que se depender de dogmas religiosos meu lugar no inferno está garantido.
E se você é do tipo que acha que devo estar feliz porque tenho meu corpo perfeito, tenho uma família, tenho dinheiro e blá blá blá, não sei o que está fazendo aqui, pode ir embora.
Acredito que eu sou assim e pronto, isso é o mínimo, não tenho nada do que comemorar, apenas aceitar e meus problemas são outros e fim. 
Acho que sofro por saber como viver, por entender de muitas coisas e saber um pouco sobre vida. Consequências de uma mente pensante.
O amor nunca foi algo muito feliz para mim e amizades também, mas elas estão bem melhores atualmente.
Acredito na justiça, que se eu faço algo para você, você tem que fazer o mesmo por mim. Eu acredito na justiça, não a exijo de ninguém, cabe a cada um entender onde erra. Mas e quando a pessoa não entende e não aceita, o que fazer?
Eu não tenho medo de ficar sozinha, isso não significa que eu vá estar com alguém no futuro e sim que eu curto muito bem minha solidão.
É complicado continuar certos relacionamentos, aliás eu só me fodo nessa merda.
Se passou 1 ano de uma decisão minha sobre um certo relacionamento e eu me vejo no mesmo lugar. Parece que as coisas estão se repetindo.
Eu tenho um relacionamento de 2 anos, desisto da pessoa, consigo ou tenho a oportunidade de ver essa pessoa depois do relacionamento e puff, volto a mesma coisa.
E fica complicado ir em frente quando você se esforça mais do que seu parceiro, quando você sofre mais do que ele, quando você tem maiores necessidades do que ele, quando a saudade bate mais na sua porta.
Confesso que hoje de madrugada recebi SMS de um ex-namorado virtual, ele desabafando dizendo que sentia muito minha falta, dizendo o quanto eu era importante para ele e de tudo de bom que eu tinha feito na vida dele. E aí? Eu estou com outro, as dores mudaram apenas de endereço.
E esse SMS me animou no sentido de saber que apesar de eu ter sofrido e sofrer para caralho eu faço e fiz a pessoa bem. 
Na verdade, eu sempre pensei mais no outro do que em mim. Nunca consegui acabar nenhum relacionamento, sempre acabaram comigo.
Não quero mais brincar de vida. Escolhi viver para os outros, e isso é muito gratificante. Mas eu morro todos os dias, de várias formas e sinto saudades de quando eu não entendia nada sobre a vida, de quando eu era criança.
Não consigo dar uma oportunidade para mim, me permitir, não consigo, não gosto de abandonar as pessoas, acho injusto com elas. "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", O pequeno príncipe.
Eu tenho vivido no meu próprio mundo, como forma de mentir para mim mesmo e dizer que está tudo bem e que vamos caminhar normalmente. Assim também gostam de mentir para mim.
Não me defino como uma pessoa perdida na vida, me defino como uma pessoa machucada e doada.

De mais uma vez o amor não está dando certo,
           E aí, quem mais quer ficar bem enquanto meu coração se parte?


P.S.: Não pretendo nunca ser egoísta.