domingo, 29 de dezembro de 2013

É só ir em frente

Os mocinhos da história são sempre os que mais sofrem.
Tem gente que não consegue ser má, não consegue abandonar nem mesmo que menos a ajuda.
E o mais engraçado disso tudo é que se esse alguém fizer algo errado, ele é a pessoa mais errada do mundo. Automaticamente todas as coisas boas irão embora e só fica as coisas ruins. 
Então antes que o mocinho vire o cara do mau, é melhor ele ir embora de uma vez. 

domingo, 22 de dezembro de 2013

Você não me ensinou a te esquecer

Nunca entendi direito o motivo de termos algumas obrigações.
Nunca entendi o motivo de ter idade para o amor.
Nunca entendi o motivo das despedidas, sempre achei extremamente desnecessário.
Eu deveria levar você comigo para todo lado, só assim eu seria feliz o tempo todo , só assim as horas passariam mais bonitas e o dia seria menos tedioso.
Natal, ano novo, dia do estudante, dia de tudo eu deveria estar com você. Ninguém sabe, mas somos casados e já faz um longo tempo. E se somos casados deveríamos estar sempre juntos, mas todos colocam regras no amor e então nos vemos separados mais uma vez. 
Um dia eu ainda vou fugir com você, para longe de todo mundo e eu vou poder te curtir como eu quero, sem ninguém para dizer como devemos ser ou o que devemos fazer.
O que mais odeio nos outros é que eles sempre querem impor regras em cima de mim, quem dirá de você. Por isso que te escondo, te guardo, te cuido, te amo.
Longe de todos para ninguém te incomodar. 
Nunca entendi direito as regras, mas um dia eu irei fazer as nossas. 


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Só não sei como dizer para mim

O que é o amor? O que é estar apaixonada? E quando o amor está indo embora, o que devemos fazer?
Se apaixonar é fácil, quero ver conseguir manter a chama da paixão todos os dias.
E por mais que a pessoa esteja ao seu lado, às vezes as coisas não são tão especiais.
Não sei ao certo se é uma culpa individual ou conjunta.
Mas tem vezes que as coisas não parecem tão únicas.
Tem vezes que o sexo é sexo, não entra amor, só prazer.
Eu tenho medo desses dias, eu choro em silêncio quando as coisas boas vão se desfazendo.
Conversando com os amigos acabei me lembrando que sempre quis encontrar o amor da minha vida. Desde criança eu sempre viajei, sempre conversei com vários garotos achando que eu ia construir uma bela história de amor, mesmo que eu os conhecesse criança e só os encontrassem lá na frente.
Sempre foi algo certo na minha vida dentro de todas as mudanças que rodeiam a vida de qualquer pessoa: encontrar o amor da minha vida.
Lógico que minha concepção de príncipe encantado foi mudando com o tempo, até de gênero mudou.
De vez em quando também acho frustrante o fato de eu ter me machucado muito procurando esse ‘’amor da minha vida’’.
É que para mim sempre teve isso de ser feliz e tudo sempre disse que tinha haver com amor, com encontrar um homem e eu defini isso para mim muito cedo e acreditei fielmente nessa história.
Não tem para que eu mentir, muitas vezes já me peguei pensando se realmente é isso que me faz e fará feliz.
Digo, isso não sou eu por um todo, não é isso que me completa, isso é uma parte, estamos tratando apenas desse tipo de realização, que isso fique bem claro.
Eu esperava o amor algo mais piegas, eu esperava algo menos complicado e sempre achei que o cara faria de tudo por mim, inclusive não me magoar.
Sempre achei que quando se tratasse de amor todos deveriam estar do meu lado e não que a família dissesse coisas do tipo: ‘’não namore agora vai atrapalhar os estudos’’. Eu nunca acreditei que tinha hora certa para amar e que amar atrapalhasse os meus planos.
Quando a gente encontra o amor e parece que ele escorre por suas mãos, o que fazer?
Eu realmente procuro aquilo que irá me tirar o fôlego, que me dê borboletas na barriga, que saudades dessas borboletas.
Será que existe alguém que consiga manter isso? Ou eu teria de pular de amor ou amor? Ou talvez o amor não seja para mim. Porque se fosse eu não sofreria tanto, se existe sofrimento as coisas boas têm que se sobressair para terem seu devido valor e ainda acho que isso não me aconteceu.
Eu quero me sentir única e especial, eu não quero ser uma necessidade de satisfação, eu não quero ser uma obrigação, eu não quero ser um erro a ser corrigido, eu não quero ser uma coisa a ser consertada.
Eu quero ser cuidada.
Eu quero me emocionar, eu quero coisas boas, se tudo isso é me fazer de princesa, que eu seja um princesa então.
Eu quero coisas que me estremeçam, eu não quero mesmice.
Eu não quero que a rotina nos mate, não quero que você me mate, já matou.
Sou daquelas que acho que tudo é possível, porque já fiz coisas que para alguns poderiam ser impossíveis, mas eu lutei e consegui e então por que eu não posso ter uma história de amor linda?
Eu só sei do quero e não mais do que somos. Deve ser por essas coisas que já não somos tão ‘’nós’’ e sim, ‘’eu’’ e ‘’você’’.



sábado, 14 de dezembro de 2013

D(ele)

Eu gosto daquele corpo em cima do meu. 
Eu gosto dele se esfregando ora lento, ora rápido.
Eu gosto daquele corpo e não de nenhum outro.
Para fazer sentido tem que ser aquele.
Eu gosto daquela cara.
Aquela cara, olhos fechados, boca entreaberta, com aparência de sofrimento, mas é só a cara do prazer, sobrancelhas franzidas, respiração ofegante e o suor escorrendo, caindo sobre o meu corpo. 
Eu gosto de como meus seios ficam apertados contra aquele corpo.
Eu gosto de como aquelas mãos me seguram, me forçam a ir mais, me seguram bem forte, me possuem totalmente.
Eu gosto do calor dos nossos corpos, estonteante.
Eu gosto daquela cara de quando o meu corpo está por cima, aquela cara de felicidade. 
Eu gosto daquelas mãos, agora eu gosto delas na minha cintura, segurando a minha pele, segurando os meus seios, apertando, sentindo.
Eu gosto daquelas mãos descendo minhas costas e tentando segurar minha loucura, meu desejo, minha paixão, minha doação. 
Eu gosto daquela boca, daquele beijo, daqueles beijos no meu corpo. 
Eu gosto de ser possuída por aquele corpo.
Eu gosto de ser levada e amada por aquele corpo, por aquele ser inteiro.
Eu gosto mesmo é de ser dele e de mais ninguém.
Gozar com ele, junto dele, e não outro alguém. 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Eu não faço mal algum

A quem eu pertenço além de a mim mesma?
E quantas vezes eu já não me questionei sobre a minha solidão? 
E de quem é meu coração? 
Mas que coração? 
Coração só serve para amar a quem não deve. 
A alma é que é boa. 
Também é a única parte que me resta. 
Até que ponto eu sou obrigada a aguentar romances que me machucam? 
Até que ponto eu tenho que ser boa com alguém que me traz o amor Eros? 
Não só basta esse tipo de amor, tem que me machucar também. Isso que não me faz tão feliz. Só a reciprocidade não se faz suficiente. 
Assim como eu não posso fazer mal nenhum a ninguém a não ser a mim mesma, a mais ninguém pertenço. 
E quando se trata de liberdade, até que ponto alguém lhe tira suas verdades? 
Até que ponto alguém lhe tira seu tempo, lhe rouba de si mesma?
Às vezes você deixa a carcaça com a outra pessoa, e deixa a alma ir para passear.
O quanto mais você seria produtiva se permitisse ninguém mais a tocar?
Você quer viver para qual amor? 
Filosofia ou Eros?
E que tal os dois? 
O que você ama de verdade? 
Às vezes você é tão fria, eu mesma.
As verdades da Filosofia me machucaram, mas não como os homens machucaram meu coração. 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O meu lugar é caminho de paz e luz

Tenho desgosto por gente que faz de tudo um mar de lágrimas.
Gente que em toda situação só enxerga o pior. E ainda tem que sofrer por isso, e se essa for a única forma de aprender que então sofra mais!
Gente que não sabe sambar com a solidão como eu sei sambar. 
Gente que não dança sozinho na madrugada.
Gente que não é otimista.
Gente que não deixa a vida levar e achar que os outros é que vão ditar tudo o que se deve sentir. 
É esse tipo de gente que não sabe aproveitar a vida, por que ta sempre na pior com tudo que lhe acontece.
É esse mesmo tipo de gente que não é feliz nos relacionamentos.
Gente dependente não faz o meu tipo.
Gente que não entende que não precisamos de metade, somos completos por si só. Do outro a gente só faz moradia, de resto somos completos.
Quero ver esse tipo de gente como pai trabalhador tendo filhos para criar, tendo de pagar impostos, dar dinheiro para os filhos viverem. E aí, vai chorar? 
Esse tipo de gente que não é feliz com pouco, por que se fosse de tudo fazia uma música, de tudo saia samba. 
Samba, sim! Não tem ritmo mais gostoso e alegre. A melhor expressão da simpatia do brasileiro. 
Eu só espero que esse tipo de gente entenda que a vida não são as coisas que você têm, ela é muito mais. 
Quase tudo que a gente tem um dia vai embora, olha que louco: até os nossos pais não são para sempre! 
Para esse tipo de gente eu espero que a vida ensine da melhor forma que convém, que o destino faça o que esse tipo de gente deixar que ele faça. 
Eu vou ali sambar um pouco com a minha solidão e rir muito, comemorar a vida que tenho e acreditar que posso ser muito mais do que sou. 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Olhos manchados de preto

Você disse para mim que não ia me machucar, não ia me magoar, que queria me curar e estava à minha disposição.
Eu pulei de um abismo por você e você me machucou incessantemente por cinco meses.
Eu espero que você tenha se divertido, rido, e achado tudo isso lindo, por que se você se arrepende, sinto muito lhe informar, mas você é mais covarde do que pensa.
Espero que você não chore e sim que continue e siga feliz, por que de choros na nossa relação só basta o meu.
Eu espero que você entenda quem eu sou hoje, você faz parte da minha parte fria, você contribuiu substancialmente para isso.
Não aceito suas desculpas, não tem como recuperar um coração assim, depois de tudo que eu já tinha lhe dito que passei.
Você não sabe nem por limites em sua casa, AINDA DEIXA QUE EU PASSE POR HUMILHAÇÕES.
E se saio de lá e vou embora você não faz nada. Obrigada por fazer eu entender que estou sozinha nessa.
Incrível como sempre tenho que lutar por dois.
Acho que nenhum braço cortado ou nota de suicídio me surpreende, dor é parte de mim, a gente se estapeia todo dia. Até já virei amiga da dor. Acho que está tudo tão dormente, já sangrou tanto, está tudo tão podre que eu nem ligo mais.
Eu não sei como ainda consigo ser boa, fazer coisas boas, se eu já morri por dentro faz tempo.
Se quando eu tenho esperança, você vem e me rouba, se faz de machista.
Nenhuma dor física no meu corpo me surpreende mais, nada me admira, eu faço é rir.
Às vezes olho pro meu corpo e sorrio ''Você acha que isso é dor? Então nunca sentiu um coração partir", é o que eu digo para meus receptores.
Até onde é o limite do ser humano?
Às vezes você olha alguém e não imagina por quantas pessoas aquele ser lutou, tudo o que ele fez e o amor que doou pros outros.
Às vezes você vê alguém tão correto, tão bom, nem imagina o nada, às larvas, o pó que existe dentro dele.
Acho que sou uma eterna ironia, sou o complexo da oposição.
Não sei o que sustenta meu coração, só tenho a alma.
Espero que ela não vá embora de mim, a única coisa que me resta.
De tudo de vida que eu tinha dentro do meu corpo, do resto, do sopro, você levou embora.