quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

01:01

 Eu mordo meus lábios com força na esperança de cessar os sentimentos que correm pelo meu rosto saem dos meus olhos que pouco a pouco vão se cerrando. 

Pela primeira vez em um bom tempo eu estou sentindo medo. Eu sei que minha nova versão é algo mais positivo e não tão apegado ao que futuro pode me trazer e com os pés no hoje. Mas hoje, especialmente agora eu tenho medo. 

Eu tenho medo de me aproximar novamente de você e não ser correspondida, medo de trabalhar tanto numa melhor versão de mim e receber só “dois tapinhas nas costas”. E eu sei que minha evolução não diz respeito a ninguém além de mim mesma. Mas ainda assim… 

Pela primeira vez me sinto completamente nua, desarmada, traçando caminhos perigosos, esses que contém amor e esperança, esses que às vezes não dão tão certo. 

É como se de repente eu tivesse 15 anos de novo. Eu me sinto igual. Tentando dar amor, mas com medo de não receber, de ser esquecida… que loucura. Mas ao mesmo tempo é incrível sentir o amor, fazia tempo que ele não invadia meu coração tão puramente assim. É bom ter 15 anos novamente, há tempos não me sentia jovem. 

O que me diferencia daquela eu de 15 anos pra hoje é que hoje eu não tenho mais o som que ouvia os cds físicos, estou ouvindo música no fone de ouvido pelo meu iPad, eu já tenho uma graduação, um fio de cabelo branco que não está mais aqui, mas só você sabe disso. 

Ao mesmo tempo que choro e temo o que possa acontecer com meu coração, agradeço por me sentir viva. Há tempos eu não me sentia assim… como da vez que eu fui na barca e eu senti frio na barriga ao me levantar um pouco da cadeira quando eu estava no ponto mais alto, meu coração se enche de alegria por sentir novamente essas coisas, mas ao mesmo tempo ainda tenho medo. 

Hoje à noite eu fiz planos caso você estivesse de volta em minha vida e eram planos incríveis, mas que eu poderia executar muito bem sozinha. Não sou a mesma pessoa inocente de 15 anos… 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Oi

 Oi, esses é um dos dias que eu chego em casa e tem sido um dia normal, de uma semana normal e eu penso em você. Eu tenho vivido tudo como mandaram e até eu tenho beijado um outro alguém, mas na minha cabeça só existe você. 

Esse é um dos dias que eu me questiono porque eu não mando mensagem, porque eu não grito, porque eu não te explico o quanto eu amo você. Mas também é um dos dias que eu fico calada e assim fico sozinha, sentada questionando você. 

Esses é um dos dias que eu mais sinto sua falta, que eu te admiro e ao mesmo tempo me salta aos olhos ao pensar em você. Saber que você nunca morrerá, pois eu te amei e ao te amar e escrever sobre você, você sempre viverá. 

Esses é um dos dias que eu penso, será que alguém me amou assim? Será que eu me tornei imortal? Será que nunca mais amarei assim? Será que esse será meu amor e eu nada mais? 

Não é como se você fosse obsessão, mas sim só a razão, do amor que eu sinto aqui dentro de mim e eu nem te aperreio, nem tiro sua paz, por mais que eu queira, eu nem te ligo, te deixo sozinho e não te entendo, nem tenho nada mais. Eu só a mim tenho e o que eu sinto por você, e é como se eu morresse sozinha, mas pelo menos sem sentir, sem viver, eu não vou morrer.