terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Hold on

É incrível como você pode suportar meses, você pode segurar a maior barra do mundo, você pode ter paciência, você pode aguentar tudo que lhe jogam, mas as vezes ninguém pode fazer o mínimo por você. 
Eu deveria estar magoada, chateada, por entender que os outros não fazem o mínimo por mim, contudo estou apenas deitada, e é bom poder fechar meus olhos, escutar Led Zeppelin no volume máximo. Eu estou aqui por mim, por mais ninguém. 
Não estou pedindo nada a ninguém, nem a mim mesma. Só estou aqui. 
Incrível como você pode abdicar de quem você é só para ajudar aos outros, mas existe um "outro" que com uma chamada de alguns segundos consegue perder totalmente a cabeça. 
Acho que afinal não somos todos iguais e todos têm seus limites, alguns de uns meses, outros de alguns segundos. 
Mas de alguma forma, eu estou bem com tudo isso. 

Out of your own mind

Faz tempo que eu não escuto um bom rock, daqueles que não importa o quanto critiquem ou o quanto elogiem ele vai ser bom do mesmo jeito. 
Já pararam para pensar que música é questão de gosto? E que algo pode ser tão bom para você quanto não é para outra pessoa. 
Faz tempo que não sou eu sozinha, eu por mim mesma. Eu sem ninguém. Nem por ninguém. 
Eu realmente sinto falta da minha solidão.
Daqueles dias que eu saia de casa disposta a escutar rock, beber horrores e fazer o que bem estive disposta. Dias de se sentir viva. 
Estar com alguém, somente com alguém só vale a pena se esse alguém o fizer se sentir vivo.
Têm dias que me canso de todos esses dramas, é tão mais fácil conviver só com os meus dramas e minha própria solidão.
Acho que não tem ninguém que me conheça melhor do que eu mesma. 
Pode parecer estranho, mas eu sinto falta dos dias de escuridão.
Eu não sei dizer ao certo, mas aquela escuridão me traduzia de uma certa forma.
Eu saia de casa, não dizia nada a ninguém, bebia, ria, chorava, ninguém no mesmo chão que eu me julgava. Sempre voltava a beira da noite, mesmo bêbada eu podia contemplar o céu estrelado, esse nunca vai deixar de fazer sentindo para mim, chegava em casa e ia dormir com o mundo girando. Lógico que depois de um bom banho e de comer algo, ou até quem sabe de vomitar.
Teve dias que eu bebia até sozinha, já anunciei nesse quarto bebendo vodka e escutando Matanza. 
Acho que sinto falta mesmo é de beber. 
Demora um pouco para gente entender que têm coisas que fazem parte da gente. 
Então eu te aceito de volta, bebida.
Tem coisas que só estando fora de nós mesmos podemos entender. 

sábado, 11 de janeiro de 2014

Sobre coisas novas

Algumas vezes até as pessoas  mais corajosas e que sempre conseguem solução para tudo têm medo.
Medo de algumas pessoas, não propriamente delas, mas do que elas podem causar, do sentimentos ruins que elas trazem. 
Medo de tomar decisões erradas, de enfrentar por um bom tempo situações estranhas. 
A quem o novo não assusta?
Eu já fui novata em várias escolas, eu sei como é isso. Chegar e todo mundo ser estranho para você lá e você tem que tentar novas amizades, mas ninguém tem que te aceitar como amigo, assim como você não tem que aceitar ninguém como amigo. 
Mas você chegar em uma família nova é totalmente diferente. 
Você não tem uma causa maior, como por exemplo na escola seria estudar, amigos vêm por consequência. 
Quando você chega na casa de alguém e você é novato, sua única obrigação é ser aceita. 
E tudo isso assusta. Inclusive se há pessoas ruins envolvidas. 
Sair do conforto do lar não é ruim se você sabe que você vai para um lugar amigável, com gente que você conhece. Mas chegar em outra família já é totalmente diferente. 
Um dia eu vou ter que enfrentar esse medo, mas talvez não seja agora. Talvez. 
E isso não tem haver com eu me preocupar propriamente por aceitarem quem eu sou, mas sim porque eu estou indo com esse único objetivo. Não é acaso, é planejado. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Se demora

Toda vez que eu digo que eu vou embora eu só espero que você corra para perto de mim, me abrace e não me deixe ir. Acho que qualquer pessoa gostaria disso.
E é nessas horas de sufoco que eu espero que você me acompanhe e surpreendentemente você sempre está lá comigo, até mesmo quando eu não preciso, ou quando estou com raiva, ou insisto para você me deixar, sempre me esquecer.
E é esse tipo de pessoa que eu odeio, essa pessoa maravilhosa que você é.
Odeio o jeito que você me faz ficar apaixonada todos os dias por você.
Odeio esse seu jeito idiota, esse que me faz sorrir.
Odeio quando você me beija no meio de uma discussão. Onde você pensa que está? Em um seriado ou filme? Mas a verdade é que funciona, a gente sempre acaba bem.
Eu odeio mil outras coisas em você, mas talvez não seja tão importante assim.
Esses seus olhos, eu diria que são especiais.
Mas não são tão charmosos quanto sua boca, afinal ela é tão gostosa. Esses seus lábios...
Esse seu sorriso quando olha para mim, não precisa ser tímido.
Quer saber? Eu adoraria passar o resto da minha ao seu lado.
Simplesmente porque eu te amo.
Você é uma das melhores coisas que já me aconteceu.
Na verdade, somos um só e sabemos muito bem como levar isso.
Eu gosto muito do seu cheiro, ele acalma, tanto quanto seu abraço, tanto quanto sua voz desconcertante, tanto quanto você inteiro.
É bom saber que você tem alguém ali, para tudo.
Mas nada disso importa, vem só comigo, bem para longe, esquecer de todo mundo e ser o nosso mundo. Não demora, por favor.


Só não vai embora

Toda vez que eu escuto ''último romance'' me dá um frio na barriga, me falta um ar. Porque eu só consigo pensar em nós dois e sei lá, isso só me lembra quando você olha nos meus olhos, e abre essa sua boca carnuda e linda, e então me beija. E como eu perco o ar. Não são beijos comuns, é aquele beijo que me lembra por que eu sou apaixonada por você. Quando você me beija assim é como se eu me desfizesse inteira e saísse voando por aí, como se eu fosse parte do ar, do nada, do universo e você viesse comigo viajar por aí. E quando eu abro os olhos depois de tudo, eu coloco os pés novamente no chão e meu coração dispara só para me provar que eu ainda estou viva, que eu ainda estou ali bem na sua frente. E também bate logo aquele nervosismo, aquela tremedeira, e tudo que eu preciso é de seu abraço pra me segurar. E não me largar mais nunca.